Curioso que quase ninguém fala dele, e mesmo quando Heath Ledger (o ator principal) morreu, nem comentavam sua participação nesse filme, que acho uma das suas melhores atuações, pois Ledger transmite pela tela o ar de seu medo, mostra a pequenez e a grandeza do medo ao enfrentá-lo.
Lembrei do filme na locadora, porque meu pai - que é a pessoa mais pacienciosa pacífica, equilibrada, bem humorado, de bem com a vida que conheço - ADORA filmes de guerra e de lutas. Eu desde pequena achava isso curioso, pq é completamente diferente de sua personalidade... hoje entendo que é sua maneira intuitiva e saudável de equilibrar seus eus.
Da primeira vez que assisti, não vi os extras do DVD. Ontem aproveitei para isso. Achei o diretor (Shekhar Kapur) de uma paz... também pudera é indiano e cheio de filosofias espirituais, e falava sobre detalhes interessantes no filme, como a ter filmado a cena do último conflito no deserto dando ao telespectador a ideia de mar, de água..., afogamento. De mostrar a prisão como o obscuro da mente, detalhar a estrutura rígida e borbulhante da mente sombria através do movimento dos detentos. E conta sua experiência de ter ficado por algumas horas sozinho no deserto... vale ver os extras para somar ao filme !
O filme mostra a intensidade de medo, de coragem, de superação, entremeando a lealdade às amizades, e da ajuda enigmática e maravilhosa de Abou Fatma (Djimon Hounson)- que faz o papel complementar ao emocional de Ledger, e também como um 'anjo' personificado, a ajuda divina que aparece quando se decide pela superação. Abou é forte, guerreiro, fiel a seus princípios, à Deus sobretudo. Mas que em determinado momento do filme, chora, não engole suas lágrimas, mas as derrama de maneira simples e honesta, como o é.
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