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17 setembro, 2010

Drogas - Papo Punk !

Na terça assisti A Liga, na Band, que abordou o tema das drogas.

Uma coisa é a dependência, que destrói o poder de escolha, caso do crack.

Outra, são as drogas mais leves, digamos, que servem para "destravar", para ser uma pessoa "mais legal". Penso : legal, para quem ? A que custo ? A sensação de querer se vincular ao outro... abraçar, ao estilo paz e amor, me pareceu uma descrição de sensação "tudo maravilha"... proporcionada pela maconha e por drogas sintéticas usadas nas baladas, por exemplo.

É... amar ao próximo não é fácil.... !!!

Pois requer ao paralelo que ame-se, e que fase mais crítica do que isso que a adolescência, não ? Vou lembrar aqui o mandamento cristão : Ame ao Teu Próximo Como a Ti Mesmo, que poderia ser tb uma constatação : Você ama ao próximo como ama-se !

Talvez estejamos aqui no planetinha, para sobretudo, aprender a amar verdadeiramente. Não dá para negar que as drogas de modo sintetizado, consigam dar a sensação de um grau espiritual superior, fato é que as descrições são "sem descrição". Porém sem ter havido a construção dos degraus aqui nesse plano que estamos - que possam levar de modo consciencial aos estágios necessários e mantendo o livre-arbítrio - resultado é que o pós-efeito, é como ser jogado espiritualmente de um prédio de "tantos" andares, aqui quanto mais "tantos" andares, claro, maior a queda, o estrago.

Quantas " brisas", quantos refúgios, ou seja, quanta necessidade de ser visto, acolhido, respeitado, amado.

Não dá para criticar, só constatar a busca que quantas pessoas nesse exato momento estão procurando... e seja hoje ou no início dos tempos, seja hoje da mais alta sociedade em uma balada a mais baixa numa cracolândia qq - ou no bar da esquina numa droga lícita - cada um não está na procura exata pela droga, nem só pelo prazer ou pelo poder proporcionado, mas sobretudo por um Vínculo. Um vínculo tal que entra pelas veias, se instala na corrente sanguínea e torna-se muitas vezes maior que a pessoa, rouba-lhe a alma. Só que antes disso, essa pessoa tem que ter se decretado pequena e insuficiente e entraríamos aí no campo familiar, nas faltas básicas de compreensão, afeto, identidade.

Por isso tudo, as campanhas anti-drogas precisam ser repensadas, pois é assustador o crescimento de usuários, e portanto o crescimento entorpecido da sociedade, onde a busca física tem um fim rápido, já a espiritual vaga numa busca, sem fim.

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