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25 novembro, 2011

Ácidos Láuricos nos Cocos - Mais Sobre

Atualmente o mercado está hiper-estimulado com a divulgação feita pela mídia sobre as propriedades do óleo de coco. Devido à imensa divulgação de suas propriedades terapêuticas, em especial o fato de poder ocasionar emagrecimento, o preço deste produto foi às alturas. O que as pessoas não sabem é que existem alternativas brasileiras de óleos com composição idêntica e que são provenientes de coqueiros também. Estas alternativas são o babaçu, o palmiste e a macaúba, coqueiros brasileiros! Todos os 3 produtos são fontes riquíssimas de ácido laurico, com teores iguais ao coco da praia.

A mídia também tem feito uma divulgação de que o óleo de coco para funcionar precisa ser extra-virgem, e por conta disso muitas pessoas não têm conseguido tomar o produto devido ao seu gosto forte. Também tem alegado que se não for extra-virgem perde seus antioxidantes e fica sem efeito. Primeiramente, o princípio ativo que faz emagrecer - o ácido láurico - reduz o colesterol, aumenta a imunidade, além de outros benefícios, e não se perde no refino pelo qual estes óleos passam. Seu refino não causa danos à gordura pois não utiliza soda cáustica ou ácido sulfúrico como os óleos de prateleira de supermercado (estes sim estão danificados), sendo um método que atua só na redução do odor e gosto. Segundo, estes óleos não são fontes ricas de vitamina E e outros antioxidantes, como o óleo de oliva ou germe de trigo, sendo que o ativo antioxidante é a própria gordura, o ácido láurico.

Assim, mesmo refinado, o ácido laúrico não se perde em nada e mantém suas propriedades naturais. No texto a seguir você conhecerá mais sobre este produto magnífico e desmistificará alguns mitos criados no mercado visando lucros e interesses particulares. 

Propriedades terapêuticas dos óleos laúricos

Uso interno (1 colher de sopa, 2-3 vezes ao dia- inicie com doses menores):

1. Reduz inflamações (artrite, artrose, reumatismo, etc)
2. Combate cândida e outros fungos.
3. Combate bactérias e vírus como H. pylori, bactéria causadora da gastrite, e os vírus do herpes, ou Epstein-bar causador do câncer de laringe)
4. Melhora o funcionamento da tireóide, ajudando principalmente no hipotireoidismo
5. Emagrece, por ser a única gordura não estocada no corpo, ativando também o metabolismo e induzindo à queima de gordura.
6. Aumenta a imunidade, por induzir à medula óssea a formar mais linfócitos (células de defesa)
7. Aumenta a longevidade, por ser uma gordura que não oxida fácil e previne o envelhecimento precoce.
8. Se for usado o palmiste refinado, não deixa gosto na comida e substitui os óleos de cozinha (soja, girassol, canola, algodão, milho).

Uso externo:

1. Previne rugas por sua ação antioxidante de outras gorduras.
2. Previne estrias se usado localmente e diariamente por grávidas.
3. Hidrata e mantém os cabelos sedosos (uso de algumas gotas nas mãos ou 1 tampa em 100 gramas de creme)
4. Excelente em massagens terapêuticas e também na hidratação pós banho.

Você sabia que a antiga gordura de coco vendida no Brasil e comprada pelos nossos avós era óleo de palmiste e babaçu?

Os óleos láuricos são óleos obtidos de coqueiros nativos de países tropicais. Se destacam, frente a outros tipos de gorduras, pela sua concentração elevada de ácido láurico, componente importante do leite materno humano, para o fortalecimento imunológico do bebê. Pesquisas cientificas demonstram que o ácido láurico possui a capacidade de aumentar o sistema imunológico pela ativação da liberação de uma substância chamada interleucina 2 (Wallace, F A et al.) que faz a medula óssea fabricar mais células brancas de defesa (isso é muito bom para quem tem imunidade baixa como pessoas com AIDS e Câncer). Além disso, os óleos láuricos agem como anti-inflamatórios pela inibição da síntese local de prostaglandinas (PGE2) e interleucina 6 que são substâncias pró-inflamatórias presentes em quadros reumáticos, artrites e inflamações musculares. Ou seja, eles são anti-inflamatórios.

Quando o ácido láurico chega aos nossos intestinos ele é quebrado pela enzima lipase e se transforma em monolaurina. A monolaurina é absorvida pelos intestinos e vai ao sangue. Esta substância, cujo precursor é o ácido láurico, destrói a membrana de lipídios que envolve os vírus bem como torna inativas bactérias, leveduras e fungos. A ação atribuída a monolaurina é a de que ela solubiliza os lipídios contidos no envoltório dos vírus, causando a sua destruição. Há assim uma potencial atividade antiviral e anti-bacteriana desta substância contra vírus perigosos como Epstein-Barr, causador da mononucleose e bactérias como a Helicobacter pylori, principal causa hoje do câncer do estômago (Enig, M.; Issacs, C.E. et al. & Kabara J.J. et al.).
De fácil absorção, os óleos láuricos não necessitam de enzimas para sua digestão e metabolismo. No fígado, rapidamente se transformam em energia, gerando calor e queimando calorias, o que leva à perda de peso. De fato, por este efeito, o uso destes óleos têm se tornado famoso internacionalmente em dietas de emagrecimento, pois são o único tipo de gordura que ao ser metabolizada pelo corpo, não é estocada na forma de tecido gorduroso (St-Onge, M.P. et al. & Van Wymelbeke, V., et al.). Podem ser usados na culinária em substituição aos tradicionais óleos empregados na cozinha o que progressivamente reduz os depósitos de gordura localizada, levando ao emagrecimento natural e redução de problemas como a celulite.

Algumas observações levaram à descoberta que óleos láuricos estimulam a função da glândula tireóide. O bom funcionamento desta glândula, faz com que o mal colesterol (LDL) produza hormônios que reduzem a velocidade de envelhecimento do corpo como o DHEA, pregnenolona e a progesterona. Estes hormônios reduzem sintomas associados à menopausa e tensão pré-menstrual na mulher, problemas cardiovasculares, obesidade, entre outras doenças.

Estudos científicos mais recentes demonstraram que os óleos láuricos não aumentam os níveis de colesterol como se pensava, mas muito pelo contrário, eles balanceiam os níveis do bom colesterol (HDL) no sangue (Enig, M. & Hostmark et al & Kaunitz e Dayrit & Awad). As pesquisas antigas com óleo de coco e que mostravam o contrário haviam sido feitas com óleo de coco parcialmente hidrogenado. Nenhum de nossos óleos passa por processo de hidrogenação, que pode dar origem à formação de gordura trans, que aumenta os níveis de colesterol e favorece o surgimento de câncer. Os óleos láuricos reduzem a oxidação do mau colesterol (LDL) no sangue prevenindo doenças cardiovasculares.

Óleos láuricos também ajudam a diminuir a compulsão por carboidratos (açúcar, doces, biscoitos, etc) devido a não estimularem a liberação de insulina. A maioria dos óleos poliinsaturados dificultam a entrada da insulina e nutrientes para dentro das células, deixando-as literalmente famintas, a gordura de coco recobre as suas membranas, não somente permitindo que os níveis de glicose e insulina se normalizem, como também melhorando sua nutrição e restabelecendo os níveis normais de energia.

Óleos láuricos possuem um ótimo desempenho na cozinha por serem muito estáveis sob altas temperaturas. Na cozinha, não há nenhuma gordura melhor: diminuem o mau colesterol (LDL), ajudam a manter o peso, aumentam a imunidade, e protegem contra doenças cardiovasculares.

O ácido láurico pode fazer estes óleos endurecerem em temperaturas inferiores a 23º graus. Em dias frios, para fazer a gordura voltar ao estado líquido, basta deixar a embalagem do óleo no sol da manhã ou aquecer em banho maria, que a gordura volta ao seu estado natural liquido. Você também pode apertar a garrafa levemente até que a gordura saia.

Há 4 tipos principais de coqueiros dos quais têm-se atualmente obtido óleos ricos em ácido láurico no mercado:

Coco da praia (Cocus nucifera), do qual se obtém a água de coco e óleo rico em ácido láurico de sua polpa branca. Para ser empregado existem as versões extra-virgem (rico em vitamina E e aroma de coco), ou refinado (praticamente inodoro).

Coco babaçu (Orbignya oleifera), árvore brasileira e que fornece uma castanha rica em um óleo contendo óleo láurico.

Coco macaúba (Acrocomia aculeata), árvore brasileira e que fornece uma castanha rica em um óleo contendo óleo láurico. Suas características são idênticas às do babaçu.

Coco palmiste (Elaeis guineensis) obtido do caroço da palma. Praticamente só é comercializado óleo refinado, pois o óleo virgem possui um aroma de coco muito forte para uso na cozinha ou massagem. A vantagem deste produto é que ele não apresenta o cheiro que o babaçu ou óleo de coco eventualmente trazem, mesmo sendo refinados.

O refino não altera as qualidades naturais destes óleos devido à sua grande estabilidade ao calor e este processo não envolver o uso de produtos químicos prejudiciais à saúde. O processo de refino é feito por destilação e resfriamento brusco em atmosfera livre de oxigênio e uso de ácido cítrico, diferente de gorduras do supermercado (soja, canola, algodão, milho, girassol) que utilizam ácido sulfúrico e soda cáustica e temperaturas altas (mais de 100 graus) em atmosfera oxigenada, o que danifica os ácidos graxos iniciando sua oxidação.

Há uma vantagem no uso dos óleos de coco palmiste e coco babaçu frente ao coco da praia, que é um custo mais baixo destes óleos com os mesmos resultados.

O uso destes óleos como veículos carreadores para massagem, ou em bases de cremes é uma excelente alternativa que apresenta as vantagens de:

1. Não rançar facilmente, mesmo em contato com água em bases de cremes e possuir alta durabilidade.
2. Penetrar com extrema rapidez pelos poros da pele, facilitando a entrada de óleos essenciais e outros bioativos.
3. Ao penetrar no corpo agir como imunomodulador, contribuído assim para o fortalecimento da imunidade e equilíbrio de quadros inflamatórios.

Prof. Fabian Laszlo.


www.aromarte.com.br
Saiba mais : www.aromarte.com.br/oleosdecoco.htm

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