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13 julho, 2012

Cheiros e Consumo

Você sente na pele. Nada é mais eficiente para engatilhar uma emoção que o olfato. É só ter contato com um odor que lembre alguma coisa boa, que não tem erro: a emoção volta, você fica feliz (por um tempinho, pelo menos). Mas tem algo nessa história que pode não cheirar bem, pelo menos para o bolso. Segundo pesquisas recentes, esse poder dos odores pode ser usado para deixar os consumidores mais vorazes, e os comerciantes mais ricos. O psicólogo Eric Spangenberg e sua equipe, da Universidade de Washington, fizeram um estudo sobre isso numa loja de roupas. Eles impregnaram o ar de lá com um cheiro “feminino”, de baunilha, e a venda de saias, blusinhas e vestidos dobrou. Depois fizeram a mesma coisa usando um odor “macho”, amadeirado. E o que duplicou foi a venda de roupas masculinas.
Em outra experiência, da Universidade de Nova Jersey, espalharam um cheiro cítrico “prazeiroso”, segundo os pesquisadores, num shopping canadense. E foram conversar com as pessoas enquanto elas faziam suas compras. Então dividiram os entrevistados em dois grupos: o dos “contemplativos”, que só vão ao shopping para comprar algo que já tinham planejado, e os “impulsivos”, chegados em torrar dinheiro. Neste último grupo, o odor não surtiu efeito. Mas no dos contemplativos foi bem diferente: eles gastaram 14% a mais em comparação com os que não tinham sido expostos ao perfume. E a coisa vai mais longe. Um estudo da Universidade de Zurique, na Suíça, mostrou que as pessoas tendem a confiar cegamente nas outras quando inalam um hormônio chamado ocitocina (liberado durante o orgasmo). Desse jeito, seria difícil não cair na conversa de um vendedor se borrifarem o tal hormônio em uma loja. Acreditou no que está escrito aqui? Bom, talvez tenhamos pingado alguma coisa nesta página para você inalar. Vai saber...

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