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24 outubro, 2014

Vida!



"Eu não sou meus pensamentos, emoções, percepções de sentido e 

experiências. Eu não sou o conteúdo da minha vida. Eu sou a vida. Eu 

sou o espaço em que todas as coisas acontecem.

Eu sou consciência.

Eu sou o agora....Eu sou!" 


 Eckhart Tolle



Lotus Flower IMG_1741 by Bahman Farzad, via Flickr









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23 outubro, 2014

Mais uma passagem

Nesta segunda uma prima doce e querida, a Bia, partiu para o mundo espiritual, aos 33 anos. Justamente 1 semana após meu avô também ter partido. 

Uma prima dizia à outra: parece mentira que estamos aqui no mesmo banco, no mesmo dia da semana, na mesma hora, pelo mesmo motivo...

É, a vida tem seus mistérios...

A Bia tinha lúpus, desde 13 anos mais ou menos, período em que vai se ganhando corpo de mulher, a Bia já teve que lidar com mudanças bruscas e inesperadas, inchaços, vermelhidão no rosto, limitações, disformias, dores, desconfortos. Lembro do bebê lindo que foi a Bia, gorducha, olhão, cachinhos dourados. Casou há 3 anos, talvez um dos dias mais felizes, namorou muito tempo, acho que uns 10 anos + ou -, e agora em 2014 tinham mudado para a casa que construíram. Bom, cerca de 6 meses após o casamento ela foi hospitalizada, e desde então os cuidados aumentaram. Há uns 4 meses teve uma embolia pulmonar, quando por coincidência meu avô teve um pequeno AVC, mas depois que foi para casa, parecia animada. E como sempre estava se recuperando e continuava em tratamento, acho que ninguém imaginava que isto aconteceria.

Como moramos longe, meus contatos com ela eram espaçados, e nos encontrávamos nos Natais ou outras festas, ou no Face... Mas sabia que ela gostava de mim, e eu dela, aquelas afinidades especiais, era uma querida, uma menina desde cedo meiga e inteligente. Daquelas que não perdia o Jô Soares, bordava e devorava livros.

Há cerca de 2 semanas, ela perguntou se eu tinha whatsapp, e abriu um grupo de "primas", compartilhando vídeos e tal... Bom, confesso que tenho certa preguiça, já passei pelo tempo dos powerpoints e vídeos da vida... e só de vez em quando que vou lá olhar o que me mandam.

Só ontem que vi um último vídeo que ela postou no dia 13. Me emocionei, com a última mensagem bíblica que fala de confiança, da lembrança do poder que carregamos, que alguns nomeiam de Deus, outros de Eu Superior, Eu Verdadeiro, Self, mas que independente do nome é a energia criativa que nos mantém e que realiza. A Bia desde muito nova, precisou saber disso, a confiar no poder Supremo, a olhar para o coração das pessoas, a amar, e a ser amada pela sua essência. Continuou doce, apenas mais doce e deixou saudade...
Foi a sua mensagem de despedida.

Uma mensagem de confiança e da verdadeira autoestima (ando escrevendo sobre para um post em breve):








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14 outubro, 2014

Passagem

Ontem meu avô partiu, dos seus 14 filhos vivos, foi ao lado do meu pai, seu filho mais velho que herdou o mesmo nome, que se despediu da vida no leito do hospital.

Já vinha se despedindo... ao longo dos anos... a mágoa pelo filho caçula que agiu diferente do que ele pretendia foi dura, deixou o mais bravo e amargo, não perdoá-lo endureceu seus joelhos. Por fim, a vida os fez dobrar, já mal ficava sozinho em pé.

Admirava meu avô, era uma fortaleza, parecia estar sempre refletindo, observando, e tinha um sorriso fácil no rosto por de trás da "brabeza". Com minha avó teve 15 filhos, um falecido jovem, 14 trabalhadores, sem vícios. Era duro, foi austero demais com os primeiros filhos, quis dar boa educação e conseguiu. Já minha vó foi a parceria ideal, tratou de dar o doce aos filhos e ao companheiro, em palavras, gestos e muitas compotas também! E se não tinha doce, meu vô comia açúcar do pote! Não dá para condenar, era forte, yang demais... precisava do açúcar yin. Sempre via os dois se comunicando, acho que às vezes nem entendiam o que diziam, mas eram cúmplices, se compreendiam.

De tanta brabeza, rendia medos e comentários na família. Sempre achei graça. Ninguém entendia que ele apenas fazia a hierarquia ficar em ordem, acima de qualquer coisa. Não entendia a modernice, também para quê?

Eu não pude ir ao velório, que foi feito à moda antiga, na casa. Acho isso bom. Integra. Morte faz parte da vida, como diz minha mãe, e como disse minha vó ao meu pai tempos desses: é assim Deus trais, depois 'recoie'.

Há uns dois anos, ele quis que meu pai o levasse no cemitério, foi acender velas para os antepassados. O cemitério não é longe, mas é no alto. Fui junto, fiquei contemplando, lugar bonito, de paz, ao redor de muitos pinheiros e ciprestes no alto.

É estranho saber que no Natal ele não estará lá na sua cadeira, ou no banco de fora da casa nos esperando para dar sua benção... Estará lá no alto, mais próximo dos pinheiros e das próprias raízes. Foi "recoído" por Deus.



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10 outubro, 2014

Lucy & Matilda




"É engraçado eu estava tão obcecada em saber quem eu era e quem queria ser, e agora que atingi a profundeza do meu cérebro vejo que o pensar em si mesmo e nas suas ambições é primitivo. E é uma barreira" 


Lucy é uma Matilda crescida e à la vingadora... não lembro tão bem do filme Matilda - mas lembrava da Matilda assistindo Lucy, enfim...qualquer dia de curiosidade revejo Matilda - que aliás é bem bacaninha.





As cenas de bang bang em Lucy ficam para arrecadar bilheteria, mas não desmerecem a filosofia do filme e a atuação hipnótica de Scarlett Johansson.

Boa pedida para o findes!





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