Conhecemos o amor que une.
Através de um amor especial nos encontramos unidos a nossos pais, a nossos parceiros, a nossos filhos.
Assim como nos encontramos unidos a eles, ao mesmo tempo, nos encontramos separados de outros.
Permanecer no amor significa que tudo é amado tal como é, que tudo é acolhido pela alma tal como é.
A luta também forma parte da vida.
A vida do indivíduo disputa seu lugar com a vida dos outros.
Quando permanecemos no amor, também amamos aos contrários, como a luta, a vitória e a queda. Amamos a vida e a morte, os vivos e os mortos. Amamos o passado tal como foi e o futuro tal como chega. Exatamente do jeito como ele chega.
Nesse amor somos amplos, em sintonia e em conformidade.
Esse amor é entrega ao Todo. E realmente a religião.
Nesse amor estamos completos e serenos.
Podemos contemplar como ele se desenvolve.
Encontramo-nos consagrados ao nosso próprio destino e respeitamos o destino dos outros e o destino do mundo.
Estar assim entregues ao Todo significa permanecer no amor.
Isso tem consequências para nossa vida cotidiana.
Aquele que assim pode permanecer no amor pode contemplar tudo tal como é: a felicidade e a desgraça, a vida e a morte, as implicações e a dor.
Como ama o Todo e se encontra entregue a ele, é também ativo no rio da vida, sem se envaidecer, sempre em sintonia e conformidade. Quem ajuda dessa maneira encontra-se livre e sem preocupações.
No Todo ninguém é melhor ou pior.
No Todo simplesmente estamos aí presentes.
Bert Hellinger