Gostei da frase acima, porque fala da compensação, o que traduz um ritmo. Na frase acima entre necessidade e alimento mora um ritmo.
Emoções advêm da vida na forma. Desprezar as emoções, é negligenciar o âmbito da forma, só que é nesse âmbito que se molda nossa experiência por aqui. Não olhar as emoções, é não experienciar (não se medir), e é ser conduzido inconscientemente por elas.
As emoções não olhadas, carregam o sofrimento da separação, o ego se fortalece (pq é dividido), mas a carência de alimento (compreensão) fica. A ponte entre necessidade e alimento - ou entre desordem e ordem - não foi feita. Quando esse espaço é preenchido, nutrido, através do "alimento", da ordem, você libera, experimenta o fluxo, o ritmo. O espaço é o Agora.
Contanto o alimento não está em fontes externas. Mas as fontes externas ajudam a refletir para si, ajudam a lembrar ao corpo/mente o funcionamento do fluxo.
Caso não haja consciência (o recuar, olhando do centro interno ou "do alto"), e você formar uma história acerca, você pode voltar a mesma necessidade muitas vezes, de formas iguais ou diferentes, repetindo separações internas (não Sendo).
-Mas eu sinto as emoções, assim estou olhando para elas ? Bom, como é que se mede quem está dentro da medida ? Ou como salta-se um obstáculo se estou na frente dele ? Difícil, né ? Só recuando, afastando-se, porque quanto mais longe, mais perto - mas mantendo o foco. Aqui o afastar significa observar a partir do seu eu interior, adquirindo Consciência.
Emoções fazem parte enriquecendo a vida da forma, mas é recuando da forma, que se olha para a medida e avança. Recuar não é fugir. Fugir, rejeitar é não querer olhar. Recuar é dar distância para "ver" melhor.
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