25 janeiro, 2010

Almíscar - esclarecendo sobre


Em Aromaterapia, não se utiliza Almíscar.

Por ser a Aromaterapia uma forma terapêutica com consciência e respeito à natureza, ela precisa ser não só natural como também vegetal.
E a essência de Almíscar ou será de origem animal em sua forma natural, ou sintético como são as conhecidas essências disponíveis no mercado.
Inclusive circula um e-mail com um PPS, que é metade verdadeiro, porque lá tem a foto e conta sobre a Algália, mas diz que é o Almíscar, não - o Almiscar é esse bonito cervo na imagem ao lado (moschus moschiferus). 
Da Algália também se coleta outro ingrediente para a perfumaria, uma secreção que é produzida naturalmente, só que as algálias muitas vezes são mantidas mesmo em condições terríveis, presas em pequenos espaços e acuadas para produzirem mais secreção, com destino à perfumaria.

Já o almiscareiro precisa ser morto para retirada das glândulas.

Bom, de certa maneira "felizmente" o que há de modo geral no mercado de essências é sintético, então sabe aquelas receitinhas místicas de usar almíscar? Bobagem, ou valem com sua intenção!


Abaixo colei um texto elucidativo da Wikipédia:
Almíscar é o nome dado originalmente a um perfume obtido a partir de uma substância de forte odor, secretada por uma glândula do cervo-almiscarado, de outros animais e também de algumas plantas de odor similar.
A variedade que é comercializada é a secreção do cervo-almiscarado, porém o odor se encontra também no boi-almiscarado, no rato-almiscarado (Ondatra zibethicus) da América do Norte, na ratazana-almiscarada da Índia e Europa, no pato-almiscarado ( Biziura lobata ) do sul da Austrália, no musaranho-almiscarado, no escaravelho-almiscarado ( Calichroma moschata ), e no aligator da América Central, entre outros animais.
No reino vegetal se encontra no "almíscar comum" ( Mimulus inoschalus ), na madeira-almiscarada , e nas "semente de almiscar" do Hibiscus abelmoschus.
Para obter-se o perfume do cervo-almiscarado, mata-se o animal e se extrai completamente a glândula, que é secada ao sol, sobre uma pedra quente ou submergindo-a em azeite quente. É comercializada sob duas formas: a glândula inteira ou o perfume extraído do seu receptáculo.
São conhecidos três tipos:
Tong-king, Chinês ou Tibetano, importado da China, o mais valioso;
Assam ou Nepal, menos valiosos;
Karbardin ou Russo (Siberiano), importado da Ásia Central, o menos valioso.
O almíscar Tong-king é exportado em pequenos recipientes ricamente decorados com filigranas de estanho ou chumbo, onde o perfume é selado.
O almíscar é de uma coloração púrpura escuro, seco, suave e suntuoso ao tato, de sabor amargo. Um grama de almíscar dará um odor característico a milhões de metros cúbicos de ar sem uma perda apreciável de peso, e seu aroma não é só mais penetrante, como também mais persistente que de qualquer outra substância conhecida. Além de seus princípios odoríferos, contém amoníaco, colesterol, matéria graxa, e outros produtos. É uma matéria prima muito importante em perfumaria, dando força e permanência as essências vegetais com seu aroma poderoso e duradouro.
O almíscar artificial é um produto sintético denominado simtrinitro-butil-tolueno, possuindo um aroma similar ao natural. Foi obtido pelo químico Albert Baur em 1888 condensando tolueno com brometo de isobutila em presença de cloreto de alumínio, e nitrogenando o produto obtido. Se tem criado muitas fórmulas similares, e acredita-se que o odor depende da simetria dos três grupos nitrogenados. A descoberta do almiscar sintético evitou a extinção do cervo-almiscarado.





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6 comentários:

gyohwanih disse...

Sobre essa tal Algália, qual é o ingrediente de perfume que é retirado dela?

Milene Siqueira disse...

Resp.: chama-se civet ou de algália mesmo.

Anônimo disse...

E o perfume de almíscar selvagem da Coty é de origem animal ou sintético?

Milene Siqueira disse...

certamente sintético.

Saulo Lopes disse...

Amei

Inês Eggers de Azevedo disse...

Adorei!

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