17 setembro, 2016

Vulnerabilidade

Pôxa essa morte do ator Domingos Montagner... Essa morte que nos desperta, nos tira do sono, do sonho, do encanto. Agenda? Planos? Sonhos? Que nada....  a vida é só despertar!

Esse texto abaixo refere-se a carta Vulnerabilidade do sábio Neo Tarot Osho. Alíás vulnerabilidade é mais do que palavra, é constatação desses dias...

Leia "Mestre" como a Vida! Porque não há maior Mestria que a própria Vida!


VULNERABILIDADE

 Lembre-se de confiar que com um Mestre, qualquer situação, em qualquer momento, pode ser usada para despertá-lo. Não se proteja, seja inseguro, seja vulnerável, entregue-se e deposite sua confiança em seu Mestre. 

O Mestre japonês Ekido era um professor severo, e seus discípulos tinham medo dele. Um dia um discípulo estava batendo as horas no gongo do templo. De repente deixou passar uma batida – vendo uma linda moça atravessar os portões do templo, o discípulo se perdeu. Ele não estava mais presente, tornou-se desejo, começou a seguir a moça, entrou num sonho... Nesse momento o Mestre, que estava parado atrás dele, deu-lhe uma forte pancada na cabeça com um bastão, tão forte, que ele caiu e morreu. No Japão esta era uma das mais antigas tradições: sempre que um discípulo vinha ao Mestre, ele dizia: “Minha vida e minha morte, ambas são suas. Se quiser me matar, você pode”. E assinava isso dando-o por escrito. Apesar dessa tradição, as pessoas começaram a condenar Ekido. Ainda assim, a tradição de Ekido tornou-se uma das mais importantes do Japão. Dez de seus discípulos se  iluminaram, um número raro.
E depois que seu discípulo morreu, Ekido continuou como se nada tivesse acontecido. Sempre que alguém perguntava sobre o discípulo, ele começava a rir. Ele nunca disse que algo dera errado, que fora um acidente, ele ria. Por quê? Devido à historia oculta. 

Esse discípulo alcançara algo. Seu corpo caiu, mas internamente ele se tornou alerta. O desejo desapareceu, o sonho desapareceu,  tudo se foi com o corpo despedaçado. E neste estado de vigilante ele morreu. E se você puder unir o estar alerta com a morte, você se ilumina. 
Ekido utilizou o momento da morte magistralmente, e o discípulo alcançou a iluminação. Ele era um grande artista, um grande Mestre. 
Olhando para esta história, você é capaz de pensar que o Mestre matou seu discípulo. Isso não é o que aconteceu. O discípulo ia morrer de qualquer maneira, e o Mestre sabia disso. Isso não é dito na história; não pode ser dito, mas foi assim que aconteceu. Não fosse assim, não haveria necessidade do Mestre ficar atrás do discípulo enquanto este batia o gongo – apenas uma coisa comum, um ritual diário... Não tinha Ekido nada mais importante para fazer? 
Naquele momento não havia nada mais importante. A morte do discípulo precisa ser utilizada. Mas esse é um segredo interior, e eu não poderia defender Ekido em um tribunal. Um Mestre olha profundamente dentro de você, ele sabe o momento exato de sua morte. E se você estiver entregue, a morte pode ser utilizada. 

Sempre que leio esta história, pergunto-me por que apenas dez discípulos se iluminaram posteriormente – esse homem poderia ter iluminado muitos. Os outros devem ter se protegido. 
Sua proteção é sua ruína. Junto ao Mestre, seja inseguro, porque ele é a sua segurança. Esteja desprotegido. Mestres estão interessados apenas em torná-lo totalmente iluminado... Mas é preciso estar pronto. Maturidade e entrega são necessárias.

Roots And Wings - págs 285-282
(em português: Raízes e Asas)



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03 agosto, 2016

26 junho, 2016

Interdependência

Um ensaio sobre dependência, independência e interdependência/autonomia.

por Milene Siqueira



Nossos maiores desafios estão na fase da DEPENDÊNCIA. Principalmente quando somos crianças e ainda não temos NENHUMA condição de lidar com os fatos e faltas (e tão pouco há apoios aptos ao nosso redor), é quando fere o nosso ego profundamente. Tudo aprendizado, construção para a independência e para o “bem” do próprio ego, que está aprendendo sobre se defender.

E aí nas duras lições, aos trancos e barrancos ganhamos INDEPENDÊNCIA, e tipo gato escaldado vamos sacando as coisas. Como não temos nenhum domínio ainda, nos protegemos demais, blindamos as couraças formadas. E geralmente agimos igual aos nossos vilões, fazemos o mesmo só que de maneiras diferentes e tão disfarçadas que é muito difícil ser notado por nós mesmos.
Tal como acontece nos extremos, a independência também ocupa o lugar da dependência porque achamos que o outro (travestido em tantos outros) precisa nos compensar, dar o que nos tirou, nos reconhecer, nos amar incondicionalmente. Há uma vingança oculta porque nossa ignorância ainda é enorme! Como a independência só enxerga a sua parte, nesse lugar pouco ou nada se colhe. Sim,  paradoxalmente tão independentes que nos tornamos dependentes!
Podemos parar aí... pelo resto da vida... Nesse lugar nos isolamos, não perdoamos, não reconciliamos. Porque ainda não reconhecemos nossos severos Mestres continuamos vítimas. É um lugar bem chatinho, de dor, de sacrifícios, injustiças, apertado.

Ou... podemos seguir adiante... rumo à INTERDEPENDÊNCIA!
A interdependência compreende a interconexão entre todas as coisas, sai do seu pequeno e caprichoso casulo para olhar de um lugar acima, amplo... De um todo, onde nada é ao acaso, onde tudo tem um propósito, onde tudo está e esteve sempre certo. 
A interconexão começa a abrir quando cedemos, acolhemos. Para outros pode se dar no perdão mútuo. Fato é, que é só mesmo no momento em que a gratidão começa a florescer no coração - que já é a colheita dos frutos do DESAPEGO real, aquele... das nossas ideias de "como as coisas deveriam ser”,  na compreensão que resultará nas bênçãos e abrirá para as portas do sentimento.

Deste ponto não existe mais independência, existe AUTONOMIA - porque diferente da isolada e suicida INDEPENDÊNCIA -  a AUTONOMIA se insere na INTERDEPENDÊNCIA, na conexão, na rede, na união, no fluxo, e deste lugar se sustenta e gera sustento em intercâmbio mútuo. Fluxo de onde? Rede de onde? Sustento de onde? Do TODO, da Fonte, de "D-Eus".


Liberdade e Responsabilidade - Interdependentes


Há duas palavras interdependentes na conquista da autonomia: liberdade e responsabilidade, estas se interagem num ciclo contínuo para a existência da interdependência.

Quanto mais responsável me torno pelas minhas ações e acontecimentos, bancando (com ou sem arrependimento) aquilo que fiz e faço, do que me aconteça ou tenha acontecido, mais livre estarei para a AUTONOMIA. E frisando que responsabilidade não tem nada a ver com culpa - enquanto a culpa apenas dá ênfase a si mesmo, te distância do TODO, aprisiona e nada resolve -, a responsabilidade assume sua parte, e deixa a parte dos outros para que se responsabilizem. A responsabilidade liberta.

Já a liberdade é tanto consequência da responsabilidade como uma caminhante em paralelo da própria, pois sabemos que quanto maior a liberdade maior a responsabilidade. Mas quando você a banca (a responsabilidade), dela você se apodera, e não é um peso como tanto nos impuseram que fosse. 
Quanto mais liberdade, mais bem estar, mais unidade.


Sem liberdade, sem responsabilidade

O tema aqui é sobre o que vem na verdade bem antes da conquista da autonomia, quando ainda não existe senso de interdependência. Digo do que implica ao medo da liberdade. Sejam relacionamentos, filhos, alunos, servos, cidadães, vamos adquirindo medo do que a liberdade pode causar, e preferimos algemar o outro a nós a lhe dar liberdade, e claro que com isso também estaremos amarrados. Assim como, a exemplo, uma empresa ou um estado que continua a ser responsável por você mas lhe cobra o preço da sua liberdade, como não lhe dar estudo para alcançar seu sustento e evolução, ou como se diz: dá o peixe mas não a independência do saber pescar.

Sem responsabilidade, sem liberdade.
Na vida material igualmente vamos deixando para que alguém - desde que não seja nós -, se responsabilize. Tipo o pai, o marido, o patrão, o médico, o juiz, o estado - heranças do patriarcado. Relacionamentos sem energia criativa. Damos pouco ou fazemos esforço demais, a troca é desigual, desgastante, a energia se esvai.
Essa demonstração até parece ação externa a ser resolvida, mas é resultado, reflexos do emocional da nossa criança ferida, que mantém a visão da dependência como sobrevivência. O problema é sempre de dentro para fora, mas não impede que outras posturas possam ser tomadas, para auxiliar medidas internas de abertura. 

Tem o inverso também, quando a sobrecarga emocional é grande e sonhamos com a liberdade e com autonomia, mas não queremos entender de responsabilidade. 
Se não reconhecemos a interligação, especialmente nossa raiz, pais e ancestrais, nos colocamos um galho independente da árvore, e irresponsáveis do que nos caberia ali como aprendizado e fruto. Há um risco aqui, o de se tornar independente demais, não ser capaz de transmutar a dor e de dissolver as mágoas em prol da interdependência. Como o Universo é sábio as mesmas situações surgirão só que em lugares e com pessoas diferentes, e sabiamente a mestria continuará a atuar, aguardando o dia que despertemos do sonho.

E despertar não significa que para sempre tudo bem, se voltamos para as crenças fixas (apegos), para as culpas, nas tormentas que estagnam a responsabilidade, a liberdade se vai. E se retrocedemos, saímos do fluxo.



A Dança da Vida: Interdependência


Lembrei deste post que havia aqui no blog, e que explica de outra maneira a mesma ideia. Porém descreve esta interdependência em ação. Daquilo que o eu e o outro dependem, do contrair e expandir de qualquer relação, da manutenção do fluxo.
Da mesma forma que acontece na boa colheita da natureza quando a respeitamos sem subjugá-la e sem impor nossa caprichosa vontade, assim acontece com a nossa vida também!


Estar Aberto
Bert Hellinger - Pensamentos sobre Deus, pg 87

Eu me abro a alguém quando eu o honro e ele, por sua vez, fica aberto a mim, que dá sua atenção, me presenteia com prazer, com o melhor que me pode oferecer. E me dá de uma forma que não me sinto obrigado. Pois essa homenagem, que vem de meu âmago e totalmente sem restrições, já é a maior recompensa.
E quando ele percebe como sua generosidade gera frutos em mim, sabe que está sendo homenageado e encontra sua grandeza e plenitude, porque eu tomo dele.
É claro que posso passar a outras pessoas tanto as dádivas gentis que recebi como também os frutos de meu trabalho e experiência. Com isso também cresço e encontro minha grandeza e minha plenitude.
Se me recuso a dar ao outro a homenagem merecida, ele precisa se fechar para mim. Então não posso tomar dele e nem ele pode deixar que eu participe de sua riqueza, mesmo que quisesse. Tanto para mim quanto  para ele são colocados limites dolorosos em relação àquilo que damos a outros e ao que podemos tomar deles. 
É claro que o mesmo também é válido quando outros me negam a homenagem merecida, talvez me diminuam e se coloquem acima de mim. Não posso dar aquilo que tenho a oferecer e nem eles podem tomar de mim aquilo que poderia ajudá-los.
Eu não posso estar aberto a eles e nem eles podem estar abertos para mim. Então estaremos como convidados, sentados à uma mesa coberta de iguarias, sem poder tomar o que é oferecido e presenteado de maneira tão abundante.
Também a natureza e a terra nos presenteiam ricamente quando lhes prestamos homenagem, ao invés de procurarmos subjugá-las e impor-lhes a nossa vontade. Quem lhe presta homenagem descobre seus tesouros ocultos.
Nós também podemos homenagear nossa alma confiando nela. Cuidadosamente ela nos revela seu conhecimento secreto, nos conduz para caminhos antes não imaginados, nos ajudando a realizar nossas metas mais profundas.
As maiores recompensas são possíveis quando nos abrimos para homenagear totalmente nossos pais. 
Estar aberto é humildade e amor. É estar amplo sem limites.








por Milene Siqueira




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26 maio, 2016

Maidentrip / Paratii

Final de semana passada assisti a vários filmes. Olha, de só um deles foi daqueles de ficar na memória e de ter ficado bem satisfeita de tê-lo visto, e este foi o Maidentrip.

A jovem e corajosa Laura Dekker cumpre sua meta de dar a volta ao mundo velejando sozinha. 
Gostei primeiro pela sacada da ideia, por aquilo que apesar da habilidade, ela foi atrás de realizar o sonho, indo atrás de patrocínios, além da briga judicial. Depois pela coragem, enfrentar sozinha por mais de um mês no mar, tempo bom e tempestades, de manter o foco, é admirável -  mas acredito que seja também a força trazida pela solidão. 
Ao longo do filme vamos compreendendo que as circunstâncias da vida devem a ter preparado, lapidado, a deixado forte para esta ousada travessia que contribuiu ainda mais com seu crescimento pessoal.

O filme me fez lembrar Paratii de Amyr Klink, um livro que amei amei ler... foi um dos últimos a que comprei no extinto Círculo do Livro. Li antes da minha primeira viagem mais longa, e do incentivo que a leitura me deu em ir, lembrando a citação do Amyr de que naufragar era não partir.






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25 abril, 2016

Ho'oponopono




A kahuna Morrnah Simeona, professora do Dr. Len, ensinava que:

"Estamos aqui somente para trazer Paz para nossa própria vida, e se trazemos a Paz para nossa vida, tudo em nossa volta descobre seu próprio lugar, seu ritmo e Paz."
Esta é a essência do processo Ho’oponopono.

Ouvi falar de Ho'oponopono em 2007, e pesquisando na Web já havia um site detalhando tudo sobre (o www.hooponopono.ws). Cheguei a comprar um pôster e o tive no escritório por alguns anos.

O que mais me encanta no Ho'oponopono é assumir a responsabilidade pelo nosso desconforto, total, completamente. É o benefício dessa paz para nossa vida.
Do poder não de modificar as histórias (que sim pode acontecer), mas de deixar de responsabilizar os outros e os fatos (incluindo tudo, desde a batida do dedinho na quina da cama até o chefe, o país, os governantes, o planeta enfim) pela história que vivemos, e creia, isso é bastante!

Significa que se minha personalidade é da forma X, adquirida pelo lugar em que vivo, pela cultura, criação, crenças e condicionamentos recebidos, dou um passo além, porque não apenas reconheço as pessoas e situações que me condicionaram, nem "luto" contra isso, mas que compreendo que atrai tal condição. E que sendo tudo favorável ao nosso bem, tais situações teriam sido necessárias para nosso crescimento e pela transformação dos nossos pensamentos e vibrações, e portanto se desloca do vitimismo, do rancor, da mágoa, da falta.  

Mesmo que exista algo para se fazer, os caminhos são apontados, são naturais, sem esforço. A dor, o desconforto do esforço são sempre apontamentos antinaturais. A Vida prioriza a evolução, e tem por instrumento o bem estar pelo prazer, pelo amor, mas usa a dor para anunciar que as coisas não estão indo muito bem...

Ao dizer ao outro ou situação incomoda: sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata..., reconheço que a minha presença para experienciar tais demandas é que atraiu pessoas e situações - que foram minhas crenças na "falta" (uma vez que semelhantes atraem semelhantes). Porém não fujo ou as nego, mas coloco em minha frente as pessoas que motivaram as crenças, que estão ao redor, que fazem ou fizeram parte da minha vida. Se tudo está sempre certo, isto também precisa estar. E se acreditamos na ordem universal, por que duvidaríamos disso?

Podemos direcionar as palavras diretamente para a Divindade, para a cura da memória celular e de toda ancestralidade (leia mais aqui).

É nosso ego que dá credibilidade para a lógica da falta. Através do ho'oponopono essa lógica se desmancha, ou seja, através da compaixão (sinto muito), humildade (me perdoe), do amor (te amo), da gratidão (sou grata) - das quatro jóias crísticas.

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Para praticar, use o silêncio ou uma música bem suave, tranquila. Pratique em conjunto com EFT, se desejar. 
Eu gosto de realizar antes de dormir com a prática do EFT, ou com a massagem corporal com óleos essenciais (potencializando a vibração pelos aromas também), ou massageio apenas no ventre (que carrega boa parte das emoções - plexo solar), e vou visualizando a situação e atenta ao sentimento das palavras.

Essa é minha forma pessoal, de dizer e de sentir:
Ao dizer Sinto Muito, peço desculpas por aquilo que havia ignorado (sem consciência). 
Ao dizer Me Perdoe, peço com humildade pela soltura, dissolução.
Ao dizer Te Amo, me conecto ao coração e reconcilio-me com o que fez tal situação se manifestar (me preencho onde julgava faltar, crio unidade).
Ao dizer Sou Grata, trago a Luz da consciência, da Graça. Tudo são bençãos ainda que ocultas, tudo na essência está certo, perfeito, sempre esteve.
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Abaixo a história fascinante do Dr Len:

Há cerca de sete anos, um e-mail contendo um artigo de autoria do escritor americano Joe Vitale circulou por diversos países e causou euforia em boa parte das pessoas que o leram. Ele narra a história de um psicólogo havaiano chamado dr. Ihaleakala Hew Len, que trabalhou, na década de 80, num hospital psiquiátrico do Havaí em uma ala dedicada a criminosos portadores de doenças mentais. O lugar era conhecido na região tanto pelos horrores praticados por aqueles que estavam presos – estupradores, psicopatas e assassinos – quanto por outros fatos estranhos. Dizia-se que o local era tão desolador e degradante, que nem mesmo as paredes aceitavam nova pintura. Problemas elétricos e hidráulicos aconteciam com uma frequência surpreendente, assim como a rotatividade dos funcionários. Praticamente todos os dias os presos se agrediam ou atacavam algum membro da equipe clínica, e por isso passaram a ser acorrentados pelos tornozelos e pelos pulsos e impedidos até mesmo de tomar banhos de sol.

Até que um dia, após a entrada do dr. Len, o cenário começou a mudar. As paredes foram pintadas e mantiveram as novas cores, os funcionários pararam de pedir demissão e folgas, as quadras de tênis foram reformadas e, por incrível que pareça, os detentos passaram a jogar tênis com os próprios funcionários. Muitos deles não necessitavam mais de drogas pesadas para se acalmar e outros não precisavam mais ser algemados. Com os detentos reabilitados, a ala acabou sendo fechada.
O que mais surpreende nessa história, que num primeiro momento parece ser fruto de uma mente cheia de imaginação, é o fato de o dr. Len ter trabalhado por quatro anos nesse hospital sem nunca ter tido contato direto com os detentos. Ele permanecia boa parte do tempo em sua sala, não praticava nenhum tipo de terapia e nunca atendeu nenhum dos prisioneiros em seu consultório. Como era possível, então, q
 
ue aquele quadro lastimável tinha se tornado algo mais parecido com um final feliz de filme hollywoodiano? O psicólogo contou o segredo dizendo que enquanto permanecia em sua sala olhava a ficha de cada um dos presos e dizia o seguinte a elas: “Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Eu sou grato”.
Saiba mais: 
www.hooponopono.ws
http://casa.abril.com.br/materia/gratidao-hooponopono-resolver-problemas









24 abril, 2016

Tudo Ela É!


"Ela tem a força de toda uma vida e o mistério da morte.
Tece vento, cria asas, ri sozinha e canta para lua.
Ela não precisa de roupas, de segredos, fala tudo, anda nua.
Põe magia na cama, na cozinha, fé na vida, luz ao norte.
Os pássaros que te revelam segredos pertencem à Ela.
A voz que te sopra silenciosa vem Dela.
A intuição é Dela e o amor e a paixão.
O fascínio da lua está com Ela, Ela será teu céu e teu chão.


A mão estendida será Dela... A saliva na ferida, o abraço, o laço.
O corpo nu que te aquecerá, a boca, o peito, a alma e os pés.
A fúria, o sutil, a cura... Nem sempre rosa, pedra, ao invés.
Ela é a origem do feminino... Ela é tudo o que for instintivo.
Alma de fada, carma de Bruxa num corpo de Deusa.
Tem sombra felina, quatro patas, têm garras e pêlos.
Ela deixa rastros para que a siga...
Sussurra em sonhos noturnos para que A decifre.
Ela enche tua vida de sinais
Para que tenha vontade de encontrá-La, libertá-La e amá-La.
Ela é a música, a poesia, a arte e o encanto
O sopro, o tiro, cheiro de lama, Ela é de tudo um tanto.
Ela é selvagem... Elfa, demônio, anjo, raposa.
Ela é a dona da matilha, amante e esposa.
Ela é tudo que nos mantém vivos
quando achamos que chegamos ao fim.
Ela sabe sentir, disfarçar e amar profundamente
Sabe trazer para perto, sabe repelir, criar e destruir.
Ela é A que faz rir, Ela sabe o ponto para fazer o olho brilhar
E o olho Dela brilha... e o dele também.
Ela dá mais sabor ao culto da paixão...
Porque Ela é celestial, selvagem, sublime.
Dá mais sentido a vida...
Sendo o casulo, as asas, o rumo e a libertação."
Carolina Salcides









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19 abril, 2016

Inclusão

"Tudo aquilo que deploro eu excluo. Tudo aquilo que recrimino eu excluo. Toda pessoa que tenho raiva eu excluo. Toda situação em que me sinto culpado eu excluo. Assim vou me tornando cada vez mais pobre." 
B. Hellinger


Hoje ao olhar o Facebook... vi uma onda de exclusões que vão pelo motivo -  mas além - da política. Amigo pedindo para olhar o face de quem segue fulano e por isso o eliminar, outro que diz que se não concorda com tal citação que o exclua não apenas do face, outro que vai fazer uma limpa nos reacionários. Boicota-se o show do outro, a apresentação da atriz. Aparecem histórias terríveis contra quem expressou sua opinião. Enviam uma lista pra você de quem votou contrário a sua opinião partidária, e por aí vai...

E tá assim...dureza! Não sabemos ou não aprendemos a lidar com as opiniões e divergências alheias. Confundimos uma opinião como se esta fizesse a pessoa inteira. Por uma opinião desvalorizamos todas as qualidades deste ser humano. E esquecendo que temos os mesmos defeitos em graus e degraus diferentes apenas. Julgamos, condenamos a torto e a direito. Ainda que o motivo seja aos nossos conceitos grave... não queremos saber, nem compreender, nem imaginar que se poderia praticar "compaixão" por aquele humano. Não. Afinal somos "diferentes". E como não podemos banir do mundo... agora eliminamos, excluímos declaradamente, nos posicionamos radicalmente.

E pior... quando alguém exclui quem exclui!!! 
É... ao invés de semear a compreensão, apenas fazemos mais do mesmo, mudam só as formas.

Queremos mudar a política, o país, queremos paz, mas ainda não mudamos a nós mesmos, agimos na base das emoções, das paixões, da violência e a propagamos. Ou excluímos, queremos fechar os olhos, deixar de lado, esquecendo que tudo faz parte, que aquilo que ignoramos continua a crescer nas sombras.
Que tal sermos mais generosos? A começar por nós mesmos, depois com as pessoas próximas, com a rede social... Que tal? Assim é que a mudança se dará, e espontaneamente.

No meio disso tudo, vi coisas muito boas no face que vale postar aqui, como o vídeo da Monja Coen e relembrei frases do Bert Hellinger, que nos diz algo bem além e maior sobre a exclusão:

Monja Coen - o que alimenta o mal:




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  • "Os bons excluem algo. Os moralistas excluem algo.
  •  E quem exclui algo ou a alguém, se converte exatamente naquilo que exclui"   

Tudo aquilo que deploro eu excluo. Tudo aquilo que recrimino eu excluo.Toda pessoa que tenho raiva eu excluo. Toda situação em que me sinto culpado eu excluo. Assim vou me tornando cada vez mais pobre.
O caminho oposto seria o seguinte:
Tudo aquilo que lamento, eu encaro e digo: Sim, assim foi, e coloco isso dentro de mim, com todo o desafio que me faz.  Eu lhe digo: "agora vou fazer algo com você. Vou tomar você como meu amigo ou como minha amiga" - seja lá o que for.
Tudo aquilo que me levou a acusar alguém, eu encaro e digo: "Sim. Olho-me para ver como posso receber de outra forma o que ficou perdido para mim. Vejo que força eu tenho para fazer isso sozinho, sem pedir ajuda a outro. Então tomo essa situação para dentro de mim, e ela se torna uma força. O mesmo vale para as culpas pessoais, que são aquilo que nós mais queremos excluir e rejeitar. Olho para elas e digo : "Sim". A culpa tem consequências. Eu as aceito e faço algo com elas. Assim a culpa se torna uma força e eu também cresço.
Quando eu tomo para mim o que rejeitei, o que me causou dor, fez-me sentir culpado ou injustiçado, seja o que for, nem tudo entra em mim. Algo permanece fora. Eu digo sim a tudo, mas o que entra em mim é somente a força. O resto fica simplesmente fora, não me infecciona: pelo contrario, desinfeta-me e purifica-me. A escória permanece fora, a brasa entra no coração."

Do livro Um lugar para os excluídos - Bert Hellinger - Editora Atman- 2006





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12 abril, 2016

Vigiai e Orai - H1n1

Relembrando desta postagem de 2009!

Infelizmente a gripe voltou e ainda antes que o inverno chegue, proteja-se:

http://aromais.blogspot.com.br/2009/07/orai-e-vigiai-nova-gripe.html




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25 março, 2016

Feliz Páscoa/Passagem!




Jean-Yves Leloup

Sede passantes
Este tema da passagem é o tema da Páscoa.
Pessah em hebraico, quer dizer passagem.
A passagem, no rio, de uma margem à outra margem, a passagem de um pensamento a outro pensamento, a passagem de um estado de consciência a outro estado de consciência.
A passagem de um modo de vida a um outro modo de vida.
Somos passageiros.
A vida é uma ponte e, como diziam os antigos, não se constrói sua casa sobre uma ponte.
Temos que manter, ao mesmo tempo, as duas margens do rio, a matéria e o espírito, o céu e a terra, o masculino e o feminino e fazer a ponte entre estas nossas diferentes partes, sabendo que estamos de passagem.
É importante lembrar-se do carácter passageiro de nossa existência, da impermanência de todas as coisas, pois o sofrimento geralmente é de querermos fazer durar o que não foi feito para durar.
É a passagem da escravidão para a liberdade, passagem que é simbolizada pela migração dos hebreus, do Egito para a terra Prometida.Mas não é preciso temer o Mar Vermelho.
O mar de nossas memórias, de nossos medos, de nossas reações.
Temos que atravessar todas estas ondas, todas estas tempestades, para tocar a terra da liberdade, o espaço da liberdade que existe dentro de nós.
Sede passantes.
Creio que esta palavra é verdadeiramente um convite para continuarmos nosso caminho a partir do lugar onde algumas vezes paramos.
Observemos o que pára a vida em nós, o que impede o amor e o perdão, onde se localiza o medo dentro de nós.
É por lá que é preciso passar, é lá o nosso Mar Vermelho.
Mas, ao mesmo tempo, não esqueçamos a luz, não esqueçamos a liberdade, a terra que nos foi prometida.
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Feliz Passagem em Vida!



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21 janeiro, 2016

Um Convite à Alma

por Milene Siqueira


Certo dia, uma mulher se viu diante do portão do Céu. 
A única pergunta que os anjos lhe fizeram foi: "Zusai, por que você não foi Zusai?"
Angeles Arrien


Quem já passou por depressão tem a nítida sensação de ser uma doença da alma... 
Alma, mente, corpo... aonde é que nos perdemos de nós mesmos?



Alma

"Há apenas duas situações: ou se está ligado à Alma ou não."*

Na alma moram todos os sensos (como a ética, arte, liberdade, justiça, verdade, equilíbrio, harmonia, proporção, quantidade, estética, matemática, a funcionalidade, etc). Como se diz popularmente: Perdeste o senso, foi? Pois é perde-se o senso, perde-se o juízo. 
Sim, o raciocínio lógico depende da alma!

Para se comunicar conosco a nossa alma se vale das sensações, aquele "eu sinto", sem palavras que bem descrevam, é linguagem da alma -  e a região de ressonância é no peito, com a sensação de expansão ou de compressão, ou seja, aquele aconchego confortável, sensação boa, gostosa ou o desconforto de quem se sente mal e deslocado.

Assim é porque a alma é a intermediária do Grande Espírito, sendo a correspondente do fluxo, de onde advém a criação, a genialidade e as facilidades. Onde tudo flui pelo melhor. Daí que Alma e Luz são sinônimos no reino espiritual, e que a confiança no sentir será sempre o guia pessoal da realização e felicidade de cada um.


"Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o quantas vezes julga necessário. Então, faça apenas a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, ele não tem a menor importância.

...um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será uno com ele. O outro o fará maldizer sua vida. Um o torna forte, o outro o enfraquece.

- Mas como saberei ao certo se um caminho tem ou não coração?
- Qualquer pessoa sabe isso. O problema é que ninguém faz a pergunta; e quando o homem afinal descobre que tomou um caminho sem coração, o caminho está pronto para matá-lo. Nesse ponto muito poucos homens conseguem parar para pensar e deixar o caminho."

Carlos Castañeda

 


Desejo ou Anseio?



"A libertação do desejo conduz à paz interior."
Lao Tsé


As palavras aqui mudam, pois uns chamam tudo de desejo, outros de desejo do coração/da alma para diferir do desejo da mente/do ego. Outros usam a palavra vontade, ou apenas querer. A melhor definição que vi foi de anseio para alma, e de desejo para mente/ego, porque é desta forma que a palavra casa mais facilmente com aquilo que sentimos (anseio/alma), e pensamos (desejo/mente).

São diferentes. O desejo é uma construção de fora para dentro, é mental, é temporário, encontra sempre vantagem, ainda que bem disfarçada. Pode carregar desejo por status, por exemplo. Normalmente é a posse e o desejo por reconhecimento pelo outro, do que ainda não foi descoberto em si, por si mesmo. 
Costuma ter elaboração mental - lembre-se de uma propaganda de um carro dirigido ao público masculino, a cena tem mulher bonita ou tem cenário de aventura ou de estilo. Aquilo começa a ser elaborado na mente, vira um desejo pela obtenção do carro, que no fundo é o desejo de ser aquele sujeito que atrairia o que é vendido na propaganda "junto" com o carro. Até pode atrair um relacionamento pelo interesse, o que será provável não dar muito certo... Se você sabe que é capaz por si de experienciar todas aquelas coisas que a propaganda sugere, o carro pode vir e pode ir... traz a materialização de uma necessidade ou mesmo de um desejo quanto as construções externas e ok. Se você tem consciência disso não entra na roubada do desejo, que alimenta o ego, ao qual costuma ser obsessivo, que quando realizado se esgota, e vem outro após outro... buscando por vezes uma satisfação no lugar errado.

Perseguir desejos não será o transporte para a felicidade. Felicidade que no fundo é o verdadeiro anseio, do qual tem apenas uma solicitação que é interna.



A Chave do Anseio: silêncio, perguntar-se


"Quieto; muito quieto é que a gente chama o amor:
como em quieto as coisas chamam a gente."
Guimarães Rosa

Como o anseio não está na propaganda da TV, nem na tela do seu smartphone, é preciso pausa para a auto-escuta interna. Que se consegue através do silêncio, do estar consigo, do meditar, do relaxamento.

Desenvolva o hábito de me-ditar (ouvir da alma).


"O que foi dito à rosa que a fez abrir-se, foi dito a mim aqui no meu peito..."
Rumi

Exercício 1: Para começar, você pode ir para um lugar tranquilo em meio a natureza, ou coloque uma música suave em um ambiente, se desejar use aromas de óleos essenciais (sugestões: cedro, cipreste, grapefruit, lavanda, bergamota...), em difusores ou simplesmente goteje em um pires. Esteja com papel e caneta, e comece a tecer sua imaginação, transferindo para o papel. Você pode até relembrar do que queria ser quando crescesse, os sonhos da adolescência. Enfim, deixe a imaginação solta... Esqueça o formato social das coisas, leia como é o seu formato. A imaginação criativa puxa aquilo de que temos afinidade anímica.

Os anseios também aparecem em sonhos noturnos, lembre-se deles, as sensações que despertam e anote-os. Dica: o uso de óleos essenciais à noite, no banho, na massagem ou estando próximo da cabeceira da cama, promove sonhos mais sensórios, vivos e decodificadores.

Se a compreensão ganha espaço e as limitações mentais que temos vão cedendo, o anseio (como sentimento) abre no peito como uma luz, sinalizando o caminho pelo qual a alma deseja alimentá-lo, o seu melhor! Diferente do desejo, o anseio não costuma mostrar à mente nenhuma vantagem à vista, e é aí que muitos recuam por medo. É, a alma requer confiança!


A Presença da Alma: Em Verdade

"Porque Deus não é de confusão, mas sim de paz..."
I Coríntios 14:33

A luz atravessa a transparência, no que se oculta não há luz. 
Aquilo que é confuso é igualmente turvo, não se pode ter clareza.

A alma como luz necessita da transparência e da paz, que se encontram na verdade.

Conhecer a verdade é princípio libertador, mas agir na verdade é o primeiro passo deste conhecimento. Porque não se descobre a verdade agindo (ou tendo agido) contra a própria.
Tem horas que a vida vira de ponta cabeça, as encrencas aparecem do nada, a confusão fica grande, e você não identifica o por que. Não sabe mais o que sente, e muito menos enxerga a saída. A saúde ou o mau estar dão o alerta do conflito. Como se diz: tá embaçado! E na real que tá mesmo.
A questão pode ser diretamente suas atitudes: quando você engana, mente, faz concessões à sua verdade, quando vai contra seus limites. Quando o que você vê, fala, ama, sente e faz são incoerentes entre si - vê, sente algo e diz ou faz diferente, quando não cumpre o que promete (e as dívidas/compromissos financeiros também entram aqui!), corrompe/toma o que não é seu... 
Porque você é o outro, o outro é você, e sim somos todos um nesse sentido! O que você faz, você recebe - a vibração emitida será a recebida. Não recebemos sempre da mesma maneira, mas o retorno é da mesma vibração, talvez por isto que se diga que recebemos da "mesma moeda".

Não é questão moral que é contraditória, mas é questão ética. A grande desculpa em ludibriar, ocultar, é a de poupar o sofrimento do outro, como ato de amor até. O que há por trás disto em geral não é o sentimento do amor e sim a emoção do medo. E com isso... mais sofrimento, ilusão, ausência de luz, de alma.
Se quebramos a integridade do nosso ser, não tem como não acabar se despedaçando, não é?

Infelizmente há um cinismo convencional antigo e até familiar, no qual nos habituamos a expressar e agir diferente do que sentimos. Sair da sincera infância e ingressar no mundo adulto também é bastante complicado. 
Além do que, se "deixar" enganar e acabar enganando até "ingenuamente" sofrem da ausência da individualidade e da dependência da aprovação alheia, questões que envolvem a base que é a autoestima (leia também: autoestima).


Chamado de alma x Chamar pela alma


"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."
Fernando Pessoa
Cada um tem seu chamado de alma, sua verdade essencial. Mas além disso, ainda que façamos coisas que não tenham lá grande significado para nosso caminho de alma, podemos colocar alma no que estivermos fazendo. Com nossa atenção, presença, conhecimento (saberes), ideias, apreciação (sabores), luz!
Esse é um modo de sacro-ofício (trabalho sagrado). Não o sacrifício como o imaginamos, mas é quando aceitamos e fazemos o melhor. Nada de ficar lutando com pensamentos penosos, contrários e dramáticos, mas ativar a aceitação e a crença positiva a respeito (positivo=sem limitação) no que está se oferecendo naquele momento. Como se diz, maturidade não é fazer tudo o que se gosta, mas gostar daquilo que se faz!

A Gratidão, A Oração, a Fé e o Bom Humor  atuam aqui, trazendo Luz, e assim a situação flui no seu melhor (ainda que para nossa mente limitada às vezes não transpareça), e assim caminhos afins irão se abrindo.

Quando mudamos a mente - ou seja, a qualidade dos nossos pensamentos - a alma responde de acordo com a vibração. Basta lembrar que semelhante atrai semelhante, que "onda conversa com onda"*. 

Mente


"A felicidade é um estado que a Alma produz a partir de
determinados pensamentos chamados atividades mentais"*

A alma responde de acordo com o agir da mente*. 
Tudo é mente. Tudo depende da mente. 
Então aqui está o ponto onde tudo converge: mente!

Mente boa/sem drama/livre = alma = inteligência
Mente ruim/dramática/aprisionada = alma= paranóia

Se queremos a alma perto, precisamos nos sintonizar à ela!
Então... os dramas devem ir embora da mente, e o conseguimos mediante a compreensão, que vai além do entendimento. Entendimento é do intelecto. Compreensão é do intelecto + alma!
E se o aparelho mental de que dispomos assume o comando sem a compreensão (alma) - e desta forma deixando os impulsos inconscientes emergirem - , interrompe-se o fluxo da comunicação com nosso Eu Maior/Superior/Espírito. Aí é que vemos as coisas começarem a perder a cor, sabor, gosto, beleza, sentido... 

O sentimento vêm um pouquinho antes ao pensamento, isso acontece por já ter sido "filtrado" em algum momento pela compreensão - ao mental do intelecto + alma que o transformou - o sentimento contêm o senso. A educação do sensos que passamos por toda infância, o estudo com a sabedoria (alma) da interpretação, a conexão silenciosa, a respiração e práticas meditativas, a pergunta, o ganho da autoestima, são processos que auxiliam na compreensão, liberando crenças negativas e na transformação do que antes era primário/emocional.



Quantas en-crencas (crenças) - Libere!


"O ego pinta imagens convincentes de limites, fronteiras e impossibilidades - 
mas é tudo uma ilusão. Tudo é possível." 
via Kabballah Centre

Quando por meio das crenças negativas perdemos o contato com o sentir... tenha sido pelo medo, um trauma, negatividade, revolta, preconceitos, por ter seguido sempre o que os outros acham ou pensam, ou pelo excesso do mental; nos colocamos distantes da nossa alma, no caminho oposto dessa Luz que ela é.

O resultado é desânimo, solidão, vazio, egoísmo, diminuição da lucidez, e de depressão à outras desordens psíquicas o quanto mais tempo nos mantemos distantes daquilo que nos alimenta: o nosso próprio senso!

Nem sempre temos coragem de seguir pelos nossos sentimentos, o Ego pode ter acreditado em muitas coisas que lhe contaram, provocando o medo da sua subsistência. A realização é então impedida e a alma começa lentamente a sufocar...
Entre o anseio e a manifestação há um ponte, que ou está desimpedida ou está atulhada. Esse entulho todo são nossas crenças negativas, nossos preconceitos, nossa vergonha, nosso desconhecimento que gera medo, egoísmo, poder, ganância, orgulho, vaidade, baixa autoestima.
Se parássemos por dois dias que fosse para observar a quantidade de preconceitos que carregamos! De tudo aquilo que almejamos versus a quantidade de crenças limitantes que impedem da sua manifestação... As piores são as crenças minúsculas, de tão pequenas que passam desapercebidas ou que até fazem parecer que são normais.

"Nossa tarefa aqui é nos tornarmos mais parecidos com Deus, é reconhecer a natureza divina e espiritual da nossa alma. Para isso, precisamos desaprender, em vez de aprender. Quando desaprendemos o medo, a violência, a ganância, o egoísmo e o poder, então a generosidade, a alegria, o amor e a sabedoria espiritual estão todos aqui, à nossa espera."
Brian Weiss
Exercício 2: O subconsciente dirige nossa vida, e assim como fazemos uma limpeza regular no corpo, precisamos limpar estes porões internos. A dica é observar no exercício 1, no quanto você se permitiu se aventurar na imaginação no contato com seus anseios, ou o que bloqueou dizendo ser incapaz, impossível. Anote todas as crenças negativas, procure se lembrar de onde elas vieram, quem lhe disse, onde você observou pelos comportamentos que era tão limitante. Deixe a vítima sair no papel. Agora converta toda a crença negativa encontrada em outra lista positiva, sabendo então que você é capaz. Busque sentir no presente e no seu corpo aquilo que escreveu positivamente. 

Inclua uma citação ao final do quanto é próspero para todas as outras pessoas que você viva da forma que imagina. Queime a lista negativa imaginando a faxina no subconsciente. Guarde a lista positiva dentro de um livro que lhe dá "boa sensação", como que endereçando aos Anjos/Cosmos/Deus (sua crença religiosa). Pode e deve repetir essa faxina mensalmente.
"Ah! A frescura na face de não cumprir um dever!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós.
Respiro melhor agora...
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação..."
Álvaro de Campos

Corpo


"Que tudo que é pesado possa se tornar leve, todo corpo um dançarino, todo espírito um pássaro."
F. Nietzsche

Não dá para falar em alma sem falar em corpo, já que o corpo é o templo da alma. A linguagem corporal e mental andam juntas, o corpo é o relato de nossas crenças, molda-as e manifesta-as. 
Quando fala-se em corpo, de maneira abrangente entende-se o corpo físico e corpos sutis, e até o ambiente ao nosso redor como extensão, que é manifestação física também.

Falando de corpo físico especificamente, as massagens e terapêuticas corporais, danças, yoga e o exercício físico propriamente, é oxigenação para nossas células vitais, trabalho sobre os hormônios, e religando partes adormecidas de nós. Mas também é sentido de prazer pelo corpo, pela morada da alma, pela vida! Da brincadeira e a alegria de habitar um corpo - todo o sentido de individualidade tão necessário aos anseios da alma!

Se o corpo mexe, os condicionamentos reverberam, flexibilizando, por exemplo. Mas é internamente que a ancoragem acontece, do contrário a mudança do trabalho corporal repercute apenas por um período curto regressando ao "molde" anterior, ou se tornando demasiadamente densa. 

Essencial... além dos sentidos


"Eu conheci rios:
Conheci rios tão antigos quanto o mundo, e mais velhos do que
o correr do sangue humano em veias humanas.
Minha alma ficou profunda como os rios."
Langston Hughes

Os óleos essenciais tem a particularidade de atuarem sobre os 3 níveis: físico - através das propriedades químicas, emoções - olfativo através do sistema límbico, e o anímico - através do campo vibracional do vegetal.
Os óleos essenciais nos transportam a lugares luminosos, mudam nossa consciência, oxigenam nossa respiração, elevam nossa frequência vibratória, acalmam, vitalizam, equilibram, inspiram...
Conte com o recurso dos aromas, tanto para o bem-estar e para ficar mais leve, quanto para aprofundar as camadas do seu Ser!
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 "Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo."
Rumi



Bem... o convite está feito! 

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Só a mente deduz que há lugar para se chegar, na alma é sempre lugar de chegada!
Inspirações:


*trechos do livro: Revelação da Luz e das Sombras de Luiz Gasparetto e Lucio Morigi - este é um livro de estudos que aprofunda sobre o Eu Luz/Alma e Eu Sombra/Corpo e explicações do mundo espiritual. À venda na livrarias ou via livro digital no site: www.gasparetto.com.br

- De Corpo e Alma - Richard Carlson e Benjamin Shield

- Óleos Essenciais/Aromaterapia : www.aromarte.com.br

- Aos insights e feelings da minha alma!

- Leia também: Nossos ais... são emocionais! - A diferença entre emoção e sentimento
                             Autoestima - o afeto que mora do lado de dentro.










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