10 abril, 2014

Beleza todo dia!

Penso que todo dia é muito raro para passar em feio... para não preenchê-lo de toques de beleza e que geram consequência.....como sutileza, generosidade, conexão, compaixão... resultados do poder do belo, da elegância, e vice-versa.

Felizmente estou durante meu trabalho envolvida de 'belezas' dos óleos essenciais! Diversidade de cheiros que são terapêuticos, mágicos, belos, líquidos dos deuses e deusas... 
Mas em todo lugar e em todo trabalho há belezas, seja pelo local limpo, organizado, pelas cores, amizades, pelo que proporciona. Até no trabalho da coleta do lixo, há beleza, uma delas está no resultado de remoção do que é sujo, e eu sempre que os ouço passar, agradece-os de coração por esta tarefa. Aliás, basta um dia de greve pra gente lembrar como é importante!

Se uma coisa parece desagradável, não significa que não possa ser transformada, para tanto existe a Senhora Criatividade, que é o poder de modificar algo a partir de qualquer coisa, de qualquer aspecto! 

É até estranho, mas já percebi que meu senso de beleza tá mudado, antes eu tinha mais distinção entre uma coisa bonita e outra feia, hoje consigo enxergar beleza no 'feio' e puxar essa beleza e ampliá-la, sabe? Então, sem discriminar o feio, porque nada o é somente uma coisa. Mas todos sabemos que a morada da alma está na beleza pela qual se encanta.

É, beleza e estética nos aproximam da paz, do bem-estar, dos valores do espírito.
Já foi comprovado que o índice de criminalidade diminui em lugares onde se começa a plantar árvores, a deixar limpo. Acho que nem precisava de constatação, né...
Que tal ajudar a plantar árvores? A pegar um saquinho de lixo e tirar um pouco da sujeira das praças, das calçadas, que logicamente o serviço de limpeza urbana não dá conta de retirar!

E a música que está em nosso dia a dia.... já ouviu quanta música linda tem no mundo? Procure os clássicos, ouça Vivaldi, Bach! Milhares de new age belíssimas, música nacional, música francesa, árabe, japonesa, celta, mantras... tudo a uma tecla de distância. Quanta coisa boa em todos os estilos, em todas as línguas. Há música com vibração elevadíssima! 
Procure conhecer um pouco de tudo, para ter 'poder de escolha'. 
E o silêncio? Ouve os passarinhos cantando no telhado? 

O mesmo vale para escolha de filmes, de livros, de programação, de comida... hum... temperos! Tempere, busque saber como usá-los, experimente, enriqueça seu paladar, coma comida de verdade, e preparados com carinho todo dia.

Sabe aquela parede que você cisma com ela? Pinte-a, mude. Já viu quantas mil cores lindas de tintas que há? Se dê beleza ao olhar sua casa todo dia.

Você já viu a diferença de você com e sem maquiagem? Tem gente que fica linda naturalmente, principalmente quem tem uma dedicação espiritual como monjas, freiras, que irradiam tanta paz que é esta a beleza real. Mas para os simples mortais, a make dá um válido 'up', deixando. Se for a pressa vale só o batonzinho-lápis. Mas tire um dia para se ver, olhe-se, veja o que fica bem, sobrancelhas, cabelo... já pensou num curso de auto-maquiagem? Nossa aparência é nossa identidade que carregamos por aí! E já viu quanta cor linda de batom, de sombra, de esmalte... que tem? Fique linda todo dia!

Um vaso em casa com flores, ou um pedacinho da sua varanda com flores e folhagens mudam o astral. Já viu quanta flor linda tem numa floricultura pertinho da sua casa, pedindo para levar cor, harmonia e beleza pra sua casa todo dia?

Já viu quanta roupa linda para vestir seu corpo? Já viu quanta bijoux, quantos lenços, acessórios, sapatos, quantas cores, tecidos... A grana tá curta? Vá a um bazar, brechô, reforme o que você tem, customize... O que é bonito não está associado ao custo. Mas, abra seu armário e tire tudo o que não tem mais a ver com você e que não a faça ficar 'mais' linda.

E roupa de cama, tá tudo lindo?

E suas palavras? Nossa, tá uma onda de palavrão, que até doe o ouvido e a alma da gente! Cuide da beleza das suas palavras, do tom, e cuide com carinho dos seus pensamentos. 

Escolha, coloque, crie.... beleza todo dia. Beleza onde você estiver agora, a das pequenas coisas, dos pequenos gestos.

E vou finalizar com um trechinho de um livro da Martha Medeiros (Feliz por Nada), na crônica O Deus das Pequenas Coisas, que atualmente ando lendo nas manhãs, porque outra beleza que não pode ser esquecida é a gratidão:

"Gratidão por estarmos aqui e por termos uma alma capaz de detectar o sublime no essencial, fazendo com que todo o supérfluo, que não é errado desejar e obter, torne-se apenas uma consequência agradável desse nosso olhar íntimo e amoroso a tudo o que nos cerca"



20 março, 2014

Mais uma boa notícia da gordura saturada

Independente de qual seja sua opção alimentar (vegetariana, vegana, paleo, low-carb, funcional, etc), essa é mais uma comprovação séria do que se fala há algum tempo em nichos menores de pouco alcance da mídia, de que gorduras saturadas são boas x os verdadeiros vilões: excesso de carboidratos/açúcares e de óleos ômega 6.

Vale ler: http://lowcarb-paleo.blogspot.com.br/2014/03/a-dieta-de-baixa-gordura-esta-morta-1.html

E lembrando que óleos de cocos (coco praia, palmiste, babaçu) são excelentes fontes de gordura saturada!


14 março, 2014

Essencial Silêncio


"O silêncio é essencial para a transformação profunda.
Ele permite que a prática da respiração consciente se torne profunda e eficaz.
Como a água parada que reflete as coisas como elas são, o silêncio calmante nos ajuda a ver as coisas mais claramente e, portanto, de estar em contato mais profundo com nós mesmos e com aqueles que nos rodeiam."


From: Cherpeace.



26 fevereiro, 2014

CNV - Escutar por entre as palavras


Palavras são Janelas

Sinto-me tão condenada por suas palavras
Tão julgada e dispensada.
Antes de ir, preciso saber:
Foi isso que você quis dizer?
Antes que eu me levante em minha defesa,
Antes que eu fale com mágoa ou medo,
Antes que eu erga aquela muralha de palavras,
Responda: eu realmente ouvi isso?
Palavras são janelas ou são paredes.
Elas nos condenam ou nos libertam.
Quando eu falar e quando eu ouvir;
Que a luz do amor brilhe através de mim.
Há coisas que preciso dizer,
Coisas que significam muito para mim.
Se minhas palavras não forem claras,
Você me ajudará a me libertar?
Se pareci menosprezar você,
Se você sentiu que não me importei,
Tente escutar por entre as minhas palavras 
Os sentimentos que compartilhamos.

Ruth Bebermeyer


Uma amiga me emprestou o livro Comunicação Não-Violenta - Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais de Marshall B. Rosenberg - editora Agora. Curioso que foi justamente num dia onde eu respondi de forma amável a uma interrogação 'violenta', então deve ter vindo como presente-confirmação aos meus bons modos deste dia!
O tema parece bem conhecido, há aulas e grupos de estudo e treinamento sobre a CNV. Eu não o conhecia até então. Antes de escrever aqui, vi que há também vídeos no YouTube.

O livro é bom, mas é excelente a ideia que apresenta! Tanto tempo, tantas línguas que se falam, tantas palavras para definir uma mesma coisa, mas ainda não sabemos nos comunicar, não sabemos ler entre as entrelinhas, não escutamos por entre as palavras... 
O autor define que uma má comunicação tem como resultado a violência.

Segundo Marshall há 4 componentes básicos para uma boa comunicação: observação/sentimento/necessidades/pedido.

-Observar o que de fato está acontecendo numa situação com isenção de julgamento (culpa, insulto, depreciação, rotulação, crítica, comparação e diagnósticos).
-Identificar como nos sentimos ao observar aquela ação.
-Reconhecer quais de nossas necessidades estão ligadas aos sentimentos que estão ali.
-Com estes 3 itens claros, formular o pedido, pontuando com clareza ao outro/especificando o pedido.

Se tivéssemos sido criados falando uma linguagem que facilitasse exprimir compaixão, teríamos aprendido a articular diretamente nossas necessidades e nossos valores, em vez de insinuarmos que algo é ou está errado quando eles não são atendidos. Por exemplo, em vez de a violência é ruim, poderíamos dizer "tenho medo do uso da violência para resolver conflitos; valorizo a resolução de conflito por outros meios".

E trata do poder da empatia que é estar presente, sem oferecer conselhos, mas ouvindo as necessidades do outro. E eu diria que isso é fun-da-men-tal!

Podemos apreciar problemas de comunicação todo santo dia. Há brigas, discórdias, e a coisa vai se tecendo sem olhar o que de fato a outra pessoa está sentindo (o que talvez nem ela mesma saiba com clareza, mas que com o olhar ao outro é possível sim saber, ou pelo menos sentar e conversar a respeito para descobrir!). 
É preciso educar o olhar, educar o ouvido, enfim todos os sentidos! E a CNV é uma destas propostas. 

Gostei especialmente de uma parte onde o autor estava palestrando sobre a CNV na Cisjordânia aos muçulmanos palestinos, onde americanos não eram bem vistos pelo fato dos EUA estarem fornecendo armas a Israel. Iniciou um tumulto e um homem começou a gritar "assassino" repetidamente. Marshall, então se aproximou para dialogar com o palestino, fazendo-o com que ele expressasse toda sua dor por quase vinte minutos, conta. E finaliza assim:

"...eu procurando escutar o sentimento e a necessidade por trás de cada frase. Não concordei nem discordei. Recebi as palavras dele não como ataques, mas como presentes de outro ser humano que estava disposto a compartilhar comigo sua alma e suas profundas vulnerabilidades.
Uma vez que se sentiu compreendido, o homem foi capaz de me ouvir explicar o motivo de eu estar naquele campo. Uma hora depois, o mesmo homem que havia me chamado de assassino estava me convidando para ir a sua casa para um jantar de ramadã"

Bem, o livro tem mais conteúdo e exercícios para colocar em prática a CNV!



19 fevereiro, 2014

O Poder da Vulnerabilidade

Minha intenção não era falar deste assunto agora... Queria fazê-lo depois de ler o livro em questão "A coragem de ser imperfeito", mas contei à uma amiga e ela comprou e vai me emprestar e estou esperando-o... Então possivelmente volto a falar sobre.
Mas pelo vídeo já tem um tantão de informação bacana, um tantão de reflexão. 
O quanto antes cobramos de nós 'menos perfeição' e 'mais vulnerabilidade' tanto melhor! E pra isso é preciso se livrar dos conceitos 'elaborados' que nós mesmos o temos acerca de nós próprios, da comparação, da vergonha... e isto puxa... rende assunto!

Ando percebendo com lentes de aumento como gente tem medo de gente! Das opiniões, de destruir uma 'imagem', de ser diferente, isto tudo se resume na tal vulnerabilidade (o ser indefeso, subestimado...) perante o outro (qualquer outro: o filho, a criança, o chefe, o marido, a amiga, etc). E se existe tal 'vergonha', do outro lado escapa a violência, em forma de mostrar a exaltação em forma de superioridade!

Já fui refém do outro também, e vejo hoje o tamanho da cilada! 
É... a consciência muda tudo e faz um tempo que baixei a % da tal cobrança pela perfeição sobre euzinha... E aí de quebra os outros também ganham sendo lindamente imperfeitos!

E dá-lhe óleos essenciais como limão, para conscientizar os 'militares' que nos habitam e conscientemente libertá-los! Patchouli, boa pedida para ficar no estilo "tô nem aí", mas com responsa de si!




*


15 fevereiro, 2014

Efeitos das pílulas anticoncepcionais + traição do olfato!

Há um tempo atrás li este post traduzido da australiana Alexandra Pope sobre os efeitos secundários do uso de pílulas anticoncepcionais, e como reflexão fiquei pensando o quanto a mulher realmente saiu perdendo x "a que ganho?". 
Embora que necessária num grande contexto planetário, todo abuso leva ao prejuízo e já passou da hora de questionar seus usos... 50 anos já é tempo demais, né...

As mulheres deixaram de ter controle sobre seus ciclos e o "terceirizou" para a indústria farmacêutica...
Quando compartilhei com algumas amigas, algumas que haviam deixado a pílula relataram ter sido a melhor coisa que fizeram! 

E hoje em dia está até mais fácil para quem tem fluxo regular, dá para baixar aplicativo grátis no smartphone de calendário menstrual, anotar seu período e até seus humores, além de ficar atenta aos dias ovulatórios. E no mais, é preciso gastar um tempinho e se informar a respeito de como gerir nossa fertilidade, voltando a se apropriar do nosso ritmo! O próprio link que mencionei - o Balaio de Madre - dá boas dicas, tratando do assunto.
Hoje lendo Qual é a Doença do Mundo? de Rüdiger Dahkle vi este trecho referindo-se ao olfato, e tá aí mais uma boa razão para refletir no uso-abuso das pílulas!


"... assim os pesquisadores constataram que a pílula anticoncepcional conduz as mulheres pelo caminho errado no que se refere à escolha do parceiro. Sabe-se que a evolução desenvolveu um sistema que as leva a rejeitar os homens geneticamente muito parecidos com elas em determinados pontos. Para o seu olfato, fedem literalmente. Mas, graças à pílula anticoncepcional, que simula uma situação comparável à da gravidez, elas se sentem atraídas justamente por esses homens. À parte o fato de que tal intervenção supostamente pequena anula as precauções tomadas pela evolução no que tange aos hormônios, é fácil imaginar as consequências quando a mulher deixa de tomar a pílula porque o casal resolveu ter um filho. Pouco a pouco, sua situação hormonal volta ao natural, e é possível que isso a leve simplesmente a não tolerar mais o cheiro do marido. É claro que ela porá a culpa no coitado e fará todo tipo de projeções. Na realidade, a única coisa que fez foi deixar de tomar a pílula, coisa que alterou sua bioquímica e, assim, o que ela sentia por ele."





17 janeiro, 2014

Quem responde?

Às vezes a ausência de respostas pode ser a melhor resposta!

Lembro de três situações :

-Uma vez num retiro perguntei a um colega sobre algo e ele me olhou, vi que tinha ouvido só que nada respondeu... fiquei quieta, passou uma meia hora ele me olhou e me respondeu ao que eu tinha perguntado em uma frase. Não lembro qual era a pergunta, nem mesmo qual foi a resposta, somente que fiquei satisfeita com a consideração que ele deu, que a pausa tenha sido mais importante que tudo... entendi que silêncio e pausa eram fundamentais...

-Depois quando trabalhava em um setor bancário, estava numa função nova e quem me transmitia as funções era mais novo que eu, estava um pouco ansiosa e fazia perguntas a mais, então que toda vez ele me olhava e dizia: você já leu (antes de perguntar)? Bom, isso aconteceu umas três vezes e aprendi rapidinho a lição: antes de perguntar, observe, leia. Isto me vale até hoje, e como!

-E por último de uma historinha que ouvi há muitos anos, que não sei se é real, mas me lembro sempre dela.

Ouvi dizer que no Japão, as crianças mais novas eram colocadas no fundo da classe. Se não entendiam algo, como estavam no fundo não conseguiam nem ao menos perguntar. Mas conforme o tempo escolar ia passando elas iam se sentando mais a frente e entendiam as lições anteriores, sem necessidade de perguntas e interrupções 'desnecessárias'.
Me senti muitas vezes assim, entendendo o anterior através das etapas que se seguiam. Afinal, ninguém responde melhor que o tempo!




23 dezembro, 2013

Boas Festas - 2013/2014


Qualquer coisa fica minúscula diante da Presença.
Mágoa, dor, crítica, crença, máscaras... nada é.
Só a Presença É, e basta-se.

Um Natal de Presença Luminosa, e que nos conduza a um 2014 de delicadezas, de beleza, 
de valores, de trabalho e de ócio, de união, criatividade, de graças, de perfumes e encantos...





16 dezembro, 2013

Quem tiver ouvidos que ouça

Há uns 5 anos mais ou menos, tem novena de Natal e meus pais participam. Um dos dias tem sido sempre em casa e é nessa que eu também participo. É preciso ler trechos e faço uma das leituras, minha mãe pediu para fazer o leitor 1 vi que era muito texto e disse que faria o leitor 2 que tinha menos fala. Nem olhei o que dizia.

Todo ano é igual, diz se as leituras, há os cantos e faz se uma reflexão e então que lá vem a reclamação! E aparece a Dilma, o país, a cidade, o fulano que apareceu no Jornal Nacional, a novela... fico só olhando e como não participo 'efetivamente' acho injusto opinar, afinal penso tantas coisas e tão diferentes, que enfim, nem cogito comentar.

Bom, mais um ano e fiquei observando a reclamação e os egos inflados. Quando chegou a minha vez de fazer a leitura era de Efésios e dizia algo como: que da sua boca saia apenas o que edifica, para dar graça aos que ouvem. Aliás todo Efésios 4 é bem bom, vou deixar o link aqui do Bíblia online.
Puxa, ao ler dei certa ênfase e fiquei surpresa porque estava dizendo meu pensamento pela palavra bíblica... depois fiquei pensando...será que as pessoas ouviram? Talvez um ou outro, mas a maioria deve achar que o que é 'edificante' é a reclamação sem se darem conta de que com isso atraem coisas não legais, que nada resolve porque não agem e só reclamam. Mas tá entendo que todo mundo se sente importante reclamando e nem se dão conta do desconforto pessoal e coletivo que gera... 

Uns dias antes estava vendo o Tribuna Independente da Rede Vida e pena que só vi o finalzinho, mas a comentarista dizia que agimos muito ainda como senhores e escravos, dando alguns exemplos como deixar lixo na rua ou algo para outro fazer. Infelizmente só vi este comentário. Mas não é que é? 
Vemos outros países e com tanto bom exemplo e que não se consegue aplicar aqui, vemos a educação de outros povos e aqui como é de verdade complicado conscientizar o brasileiro, e sem consciência vamos repetindo e agindo como senhores e escravos. E tanta violência deve surgir também como 'expiação' afinal como passar impune aos maus tratos a outro igual? E aí cada vez mais a gente vê que ok tá tudo de alguma forma se compensando, tudo certo... nada a reclamar, melhor buscar por entendimento sempre.

Bom, voltando a novena, esse ano foi bem legal com várias coincidências boas além da minha leitura. E apesar das reclamações, acho que a reunião de pessoas seja sempre válida e ainda supere quaisquer achismos, e o Invisível ainda dá uma ajudinha para os que tiverem ouvidos...



02 dezembro, 2013

Deleite-se



"O banho não era só uma obrigação social, mas o principal evento social diário, no qual dúzias de belezas nuas matavam o tempo. 
O ritual do banho durava várias horas e posteriormente de uma só vez elas se lançavam para seus sofás, onde os atenciosos escravos as 'embrulhavam' com vestes quentes, e pingavam essências sobre seus cabelos, que elas enrolavam preguiçosamente sem tentarem secar a umidade... e então se cobriam com vistosos lenços ou musselina bordada... água perfumada é esparzida no rosto e nas mãos, e a exausta banhista mergulha num voluptuoso sono debaixo de uma colcha de cetim ou um edredom"  

Maggie Tisserand em Aromaterapia para Amantes



Tá vendo como a vidinha era difícil?


)o(


O Brasil visto por um francês

Como é o Brasil visto por um francês: 

http://sonhosemmosaico.wordpress.com/2013/04/16/brasil-visto-por-um-frances-e-nao-e-que-ele-tem-razao-em-muita-coisa/

Porque a observação é tuuudoooooooo!




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30 novembro, 2013

Peripatético

Peripatético foi uma série de 5 programas na TV Cultura/ CPFL com Luiz Felipe Pondé e faz referência a Escola Peripatética do filósofo Aristóteles.

Adorei Peripatético. Assisti um episódio pela TV e os demais consegui ver estes dias via Vimeo - no Facebook fica mais fácil entrar em todos os programas: vaidade, fé, sexo, melancolia e casamento.

Esse programa tem um 'quê' a mais que é a captura do olhar além do verbo!

Em Vaidade, me ficou a frase "A vaidade física esconde as rugas, a intelectual as inseguranças"

... a fé que nos dá a mão como crianças ou a que condiciona a nos tornar adultos? 

Sexo... continuamos os mesmos de antes da revolução sexual?

Melancolia... ser feliz é seguir com a 'boiada'!

Casamento... tá difícil ser simples nas parcerias... neste, além do olhar a risada disse tudo!






28 novembro, 2013

Identidade Amor




"Os Budas e os Cristos nascem perfeitos. Não procuram amor nem dão amor porque são o próprio amor. Mas nós, que nascemos uma e outra vez, devemos descobrir o significado do amor, devemos aprender a nos identificar com o amor, como a flor se identifica com  a beleza"  Henry Miller        
                                                      






***


03 novembro, 2013

Samsara

Bela filmagem, diálogos curtos e precisos, sensibilidade, reflexão...



O final desse filme é daqueles que se deixa a pulga atrás da orelha por um bocado de tempo. Talvez porque seria mais válido um 'caminho do meio' como pelo visto é o do budismo japonês, conferindo uma coerência à nossa humanidade e individualidade.

Vi esse comentário da Monja Coen e acho que deve se pesar o que ela diz, eu também estranhei essa 'tolice' do monge X a sabedoria da Pema, que parece a 'iluminada' da história... Ou será que a intenção era mostrar que os anos de reclusão o teriam feito assim, longe da sabedoria do viver?

Monja Coen:
"O Samsara é muito específico do budismo tibetano. Inclusive eu vi o filme como uma crítica ao celibato e a castidade. No momento em que o monge sai do mosteiro e se casa, parece que perde toda a sabedoria. Questiono essa ótica do autor do roteiro. Como que de repente se esvaiu tudo que o monge aprendera desde criança? Passara por um retiro difícil, tão longo. Deve ter penetrado estados profundos de consciência, de percepção da mente. Depois do casamento fica meio tolo e a mulher dele se torna toda sábia, inclusive sobre a educação dos filhos. Pareceu-me forçado e apenas o aspecto crítico sobre o celibato e a castidade foi ressaltado. No budismo japonês ao qual estou ligada os monges podem se casar. Para as monjas isso só foi permitido depois da segunda guerra mundial. Meu mestre, em suas palestras dizia: a pureza não é a castidade. Porque senão a humanidade não existiria. Então nosso ponto de vista é diferente do budismo tibetano. Na minha experiência de vida pessoal, eu me casei e me separei algumas vezes. Agora estou vivendo com muita alegria, por opção pessoal, o celibato e a castidade. É importante citar os dois. Alguns monges se dizem celibatários e mantém relações sexuais. Alguns são castos, embora casados. Mahatma Gandhi diversas vezes tentou a castidade, mas não resistia ás necessidades sexuais. O meu caso é diferente. 

Não estou tentando provar nada. É o que está acontecendo. E eu não estou sublimando, eu não estou sentindo nenhuma necessidade sexual nem de relacionamentos sexuais. Porque talvez a minha atividade no momento me complete de tal forma que eu me sinto completa. Eu não sinto que falte nada. Eu estive com monjas católicas, com freiras católicas em Salvador, durante o Conselho das Religiosas do Brasil da regional Salvador e Sergipe. E eu encontrei uma grande afinidade com elas que enfatizavam a vocação e a consagração. Eu consagro o meu corpo. Utilizo minha energia para um propósito que para mim é superior ao de temporariamente satisfazer as minhas necessidades físico-psíquicas. Eu não nego que elas existam. Eu não pretendo que elas não existem. Percebo a mim mesma.

Havia um jovem nos Estados Unidos, que já se casara inúmeras vezes, e um dia foi ao supermercado e viu a moça da caixa e se apaixonou imediatamente. Aquela era a mulher de sua vida, queria se casar com ela. Então se lembrou que já se casara muitas vezes, montara várias casas e havia recentemente acabado de se unir a uma mulher por quem se apaixonara da mesma forma que agora sentia por esta. Refletindo sobre seus sentimentos ele foi embora, sem dizer nada. É assim que eu entendo a castidade. Uma opção de cada instante. Eu não sei como seria manter o voto sem nunca ter tido nenhuma experiência sexual. Mas eu acredito que é possível, que alguns possam verdadeiramente fazer esse compromisso. Outros não conseguem. Por isso, no budismo japonês o voto é pessoal e não exigido pela comunidade. Não há obrigatoriedade. 

O filme Samsara é sobre monges tibetanos que assumem o compromisso da não sexualidade. Não entendo muito bem sobre o budismo tibetano. Na minha tradição esse voto não existe. Meu mestre costuma dizer que a castidade é uma exigência antinatural e por isso pode não ser benéfico. Ao mesmo tempo podemos refletir com Buda:

“Todos vão nesta direção. Faço com que vocês pensem e ajam de outra forma.” Link

Enfim, vale ver. De toda forma, é um belíssimo filme!




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