21 outubro, 2019

Lufe - Dicas de Vídeos YT


Eu que gosto de casa e decoração e tal... apareceu como dica no YT o canal do Life by Lufe, e comecei a ver as casas que ele visita...
E foi engraçado.... no início vi uma série de casas - a série apartamentos pequenos - alguns com tanta coisa, tanto colorido, que eu minimalista que sou, ficava exausta.... até ver um vídeo de uma casa argentina - que me encantou. Apesar de ali ter muiiita coisa e muito colorido, tudo sei lá combina, tem Vida! E esse click que me deu, dessa coisa de apreciar as coisas não perfeitas... foi uma novidade gostosa de ver. Perceber como já somos culturalmente preparados para ver que aquele rasgadinho precisa ser trocado pelo novo, que aquela lasquinha precisa ser consertada. Modelos que nos geram a ânsia do consumo! Puro marketing que foi incutido via filmes e novelas e mídia. E a gente vai indo e comprando, e se sentindo insatisfeitos, e nem repensa.

Influenciam o que vestimos, como nosso corpo deve ser e mais... e também como nossa casa e moradia deve "aparentar"! Socorrroooo.... rs

Bom... enfim... continuo minimalista, mas meu olhar sobre as lasquinhas e imperfeições cotidianas ganhou mais um tantinho de novas e deliciosas leituras!

Vou deixar abaixo vídeos que curti do Lufe, do que já andei vendo. Embora todos sejam interessantes, conhecendo outros jeitos de viver e de morar:

A casa da argentina que comentei: https://www.youtube.com/watch?v=1nbj02Kb1CA

Lúdica: https://www.youtube.com/watch?v=4AshR8Dt3nI

Érika Karpuk: https://www.youtube.com/watch?v=YjiEEjRgjXg

Pai e a casa: https://www.youtube.com/watch?v=8y0HeSSjAQE

Airnb Minimalista: https://www.youtube.com/watch?v=F8v1KwLlctc&t=226s

Casa na Índia: https://www.youtube.com/watch?v=TDK7SItDwf0

Arquitetura Marroquina: https://www.youtube.com/watch?v=4DUQcq_9No0 (vale ver tb toda série Marrocos!)

Casa Sustentável: https://www.youtube.com/watch?v=O2F5yL9mOhk




Espiral de Mudanças 

O Universo Conspira!

Agora aqui esse é O tema!

O Lufe de vez em quando comenta sobre essa série que ele fez. E fui lá ver.... são 30 episódios de uns 15/20 min. que você fica vendo como série, quer logo saber de tudo. E o Lufe empolgado que só (!) vai contando com os olhinhos azuis brilhando... 

Adorei, me emocionei, relembrei espirais por onde também passei, muito semelhante ao que ele conta. Mágico quando estamos assim... fluindo com o Universo!

E sobretudo lembrei do cultivo, de não se perder no caminho! É muito fácil a gente se perder. nas ilusões das aparências... e esse propósito durante a saga nessa "espiral" é INCRÍVEL!

Quer se inspirar? Assista!





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09 outubro, 2019

Anosmia


A proposta é separar 4 óleos essenciais – limão, rosa, cravo-da-índia e eucalipto-glóbulos – e inalar gotas depositadas dentro de um potinho de vidro por 20 segundos, 2 vezes ao dia, por no mínimo 4 meses. Existe um diário onde o paciente deve avaliar a experiência em 4 quesitos: potência do cheiro, reconhecimento do cheiro, descritores do cheiro e sensações despertadas pelo cheiro.



23 setembro, 2019

Primavera e Jardins inspiradores!

Êba, ela chegou! Feliz Primavera!

Bora Flores Ser divando em Afrodite?

E para você se inspirar ainda mais nesta estação, minha dica são dois documentários da Netflix:  

O inglês Monty Don visitando os jardins italianos e franceses. Já digo que, apesar dos dois serem igualmente lindos, sou mais chegadinha nos lindos cenários italianos... Cada imagem da série é um verdadeiro quadro, uma obra prima da natureza. Vale muiiiiitttoooo assistir e se maravilhar com jardins aos quais muitos nem se tem acesso público. Então embarque nesta viagem com o Monty Don. E como já faz um tempo que estão na Netflix... é melhor assistir logo, antes que saia do catálogo!








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31 julho, 2019

Ócio criativo e novos trabalhos


Duas entrevistas que valem muito assistir, deixando link abaixo, mas preferível ver via GloboPlay (free).

A entrevista do sociólogo Domenico de Masi sobre seu livro O Ócio Criativo no programa do Bial de 29/07/19, aqui.

E hoje 31/07/19, no Mais Você, o consultor e escritor Gustavo Cerbassi, falando sobre o minimalismo nas finanças, aqui.

Tá difícil ainda nos desgarrarmos do velho modelo. Talvez ainda vá mais uma geração para acontecer. O velho está aí, no poder, porque tantos ainda resistem! Mas tudo em nós aponta para o novo, como algo inexorável, como uma força maior. 

Porque a vida é feita nos intervalos da utilidade. Num abraço, num olhar, em uma contemplação. A vida não é sobre ter, é sobre Ser! 





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26 julho, 2019

A raiz dos problemas mundiais


"O problema não é somente o aquecimento global, e sim a crença psicológica profunda que todo ser humano tem na sociedade moderna, que se baseia no valor de tudo aquilo que gera dinheiro. De que qualquer coisa que você faça, tem valor se produzir dinheiro. Então se uma guerra for boa para a economia, então se começa uma guerra, se for necessário matar pessoas, mata-se pessoas, se tiver que destruir a natureza, então se destrói a natureza. Este é o erro fundamental mais profundo sobre a noção de valor. Eu sinto que é um problema muito maior. E é claro, o aquecimento global é um dos problemas decorrentes desse erro, e toda a poluição do meio ambiente produzida pela sociedade industrial são resultado disso. Quando vim pela primeira vez aos Estados Unidos fiquei culturalmente chocado ao ver que em uma semana 30 pessoas meditando juntas produziam mais lixo que algumas centenas de monges não juntariam em um mês na Índia. É muito desperdício, é incrível.
Este é um momento para ação, mas não para ações ignorantes, confusas, com dúvidas, com ganância, que é o que está acontecendo constantemente. É isso que destrói a sociedade, que destrói a natureza. Assim, quando falamos sobre ações deveriam haver mais ações iluminadas, o que significa que é necessário que as pessoas saibam melhor quem elas são. Ter essa conexão com elas mesmas, com quem elas realmente são e a compreensão deste estado interno profundo, do silêncio interno e quem realmente são. Se houvesse mais essa conexão, muitas respostas seriam dadas para aquilo que buscam em suas vidas. E não precisariam mais substituir isso por petróleo, dinheiro, guerras, coisas. Serão através das experiências do despertar que elas encontrarão respostas dentro de si.
Claro que não acreditamos que é suficiente ficar em paz e não fazer nada. Acreditamos em ações pacíficas, guerreiros pacíficos, acreditamos na criatividade. Definitivamente, tudo isso é resultado desta quietude. Ações resultam desta quietude, palavras, resultam do silêncio absoluto, a criatividade resulta da abertura do espaço ilimitado da mente."

—Tenzin Wangyal Rinpoche, mestre da tradição Bön, em entrevista para Novas Imagens.
Foto: Rogelio Flores

09 julho, 2019

Solidão? Novas logísticas


Estava numa fase de observar a solidão e de encontrar várias pessoas com essa queixa.

E não falo da solidão que pode ser sentida mesmo estando com muitas pessoas, sentindo-se desconectado da vida, nem da boa solitude, mas dessa logística do viver do mundo atual que implica muitas vezes em estar fisicamente isolado. Ou seja, separações, filhos que crescem e deixam o ninho vazio, idosos onde quem morava junto falece, ou mesmo quem mora junto e se sente isolado da sua comunidade, dos vizinhos, etc.

E vi algo sobre coliving, cohousing, casa compartilhada... uma tendência expandindo em outros países nesta era do compartilhamento, mas muito tímida por aqui no Brasil ainda, e comecei a pesquisar e reuni aqui algumas informações!

Esse modo de viver significa apoio mútuo, convivência e privacidade. Além de economia, segurança, conforto e modos sustentáveis.

Já meio que vivemos assim, visto que boa parte de quem tem mais de 40 vai lembrar de morar em vilas e brincar na rua, na praça, de morar com toda família que era bem grande, com vô e vó, até mesmo com inquilinos. 
E talvez pelo mercado de consumo, talvez pelo ter, por uma individualidade, pelas migrações ou por um formato que ainda não fosse o ideal. Enfim, não sei onde e como isso mudou para o modo de vida que vemos hoje, sobretudo nos grandes centros e em classes sociais de média para cima.

O fato é que se pensarmos bem, não estamos aqui na vida para TER, para adquirir coisas, mas sim para experienciar, para nos relacionarmos com a vida, o que inclui os seres humanos, onde mais trocamos, expandindo outros olhares.  O trabalho fora de casa também propicia isso, mas também aniquila a vivência com a família visto a quantidade de horas fora de casa, incluindo-se o tempo de transporte. Ainda é preciso achar gestões mais humanas!

Casa grande: paradoxo é que muita gente que tem condições financeiras só quer uma casa grande para ter lugar para hospedar pessoas, fazer festa, convidar para o "churras". Afinal qual outro sentido - que não o status que cai por terra - de se morar em uma mansão? 

Uma coisa que afasta a ideia de viver em comunidade pode ser a "intromissão" do outro na nossa vida, ou de nós mesmos não tolerarmos a diferença com o outro, o quanto o limpo do outro é diferente do "meu", da "minha" cultura. Ou seja, muitos "meus" e "minhas" pelo caminho...  Mas vamos combinar que o autocentramento nunca foi sinônimo de felicidade.

Desafios da convivência necessitam de diálogo, de acordos, de comunicação não violenta, e olhar para os aspectos emocionais que mais nos pegam como ciúme, raiva, apego.
Para não entrar em contato com nada disso, talvez nos calamos, nos isolamos, nos mudamos para ter nossa pseudo "liberdade", e a intolerância que tanto reclamos no mundo e na rede social deve ter começado mesmo em nossos próprios lares.

Fato é que todos perdemos muito com isso, de bebês a idosos, e passando por cães e gatos, estamos nos isolando fisicamente. 

Viver em coliving, cohousing... ou seja, em casas e vilas compartilhadas é uma valiosa logística a se incluir no morar e no viver!


Para se inspirar:

-O doc Happy - por enquanto ainda disponível na Netflix traz muitos exemplos de felicidade compartilhada, e modos de cohousing na Dinamarca -  onde o movimento teve início.

-O filme E se vivêssemos todos juntos: https://www.youtube.com/watch?v=qoKg6f05fQA, trata da falta de apoio próximo na velhice, dois casais e um amigo que decidem morar numa só casa.

-Aqui no Brasil achei incrível o conceito da OKA: https://www.okacoliving.com.br/ - que é de Porto Alegre, mas já tem projeto de se estender por outras capitais.
Ricardo Neves da Oka:


-O site https://www.morar.com.vc/ - faz o trabalho de unir pessoas que desejam dividir o mesmo lar - por enquanto em SP e algumas cidades.

-O Co Lares: https://www.facebook.com/CohousingBrasil/ - como iniciativa de cohousing no Brasil pela arquiteta Lívia A. Lubochinski.

-Em São Paulo algumas imobiliárias já estão de olho nesta tendência e locando imóveis, caso da www.novasaopaulo.com.br. A kasa http://kasa.com.br/, também é uma nova referência em coliving.

-No YT digite coliving ou cohousing + TED, dois exemplos abaixo:






- Colivings como formas de hospedagem:




- O Norn é uma experiência em coliving, em convivência, em conversação bem interessante, bemmm chique e com lista de espera:



Outros:





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26 junho, 2019

Temporada


Eu não sei quem é como eu que gosta desse tipo de filme... mas que tem, tem! rs

Adoro. Filme de cotidiano, filme com pausa, com respiro, filme que nem a vida da gente é!

Adorei Temporada e tô passando aqui para recomendar, se você gostar do estilo!
Tá na Netflix.








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12 fevereiro, 2019

Por um mundo mais natural!

PELOS DIREITOS DOS MENINOS
Que nenhum menino seja coagido pelo pai a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta (isso ainda acontece muito nos interiores do Brasil!).
Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua 'macheza' quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil (isso acontece em todo lugar!).

Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina.
Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso é coisa de menina.
Que não lhe ensinem a ser cavalheiro, mas educado e solidário com meninas e com os outros meninos também.
Que ele aprenda a não se sentir inferior quando uma menina for melhor que ele em alguma habilidade específica – já que ele entende que homens e mulheres são igualmente capazes intelectualmente e não é vergonha nenhuma perder para uma menina em alguma coisa.
Que ele aprenda a cozinhar, lavar prato, limpar o chão para quando tiver sua casa poder dividir as tarefas com sua mulher – e também ensinar isso aos seus filhos e filhas.
Na adolescência, que não lhe estimulem a ser agressivo na paquera, a puxar as meninas pelo braço ou cabelos nas boates, ou a falar obscenidades no ouvido de uma garota só porque ela está de minissaia.
Que ele não tenha que transar com qualquer mulher que queira transar com ele, que se sinta livre para negar quando não estiver a fim – sem pressão dos amigos.
Que ele possa sonhar com casar e ser pai sem ser criticado por isso. E, quando adulto, que possa decidir com sua mulher quem é que vai ficar mais tempo em casa – sem a prerrogativa de que ele é obrigado a prover o sustento e ela é que tem que cuidar da cria.
Que, ao longo do seu crescimento, se perceber que ama meninos e não meninas, que ele sinta confiança na mãe – e também no pai! – para falar com eles sobre isso e ser compreendido.
Que todo menino seja educado para ser um cara legal, um ser humano livre e com profundo respeito pelos outros. E não um machão insensível! Acredito que se todos os meninos forem criados assim eles se tornarão homens mais felizes. E as mulheres também serão mais felizes ao lado de homens assim. E o mundo inteiro será mais feliz.
O machismo não faz mal só às mulheres, mas aos homens também, à humanidade toda.
Meu ativismo político é a favor da alegria. Só isso.
(Sílvia Amélia de Araujo)
Tela: Keith Mallett

05 fevereiro, 2019

Oração pelo Amor

ORAÇÃO PELO AMOR

"Iremos partilhar um belo sonho juntos – um sonho que você vai adorar o tempo todo. Nesse sonho, você está num belo dia quente e ensolarado. Escuta os pássaros, o vento e um riacho. Você caminha na direção do rio. Na margem do rio existe um homem meditando, e você percebe que da cabeça dele sai uma bela luz, de cores diferentes. Você tenta não perturbá-lo, mas ele percebe sua presença e abre os olhos. Ele possui aquele tipo de olhos cheios de amor e abre um grande sorriso. você pergunta como ele é capaz de irradiar aquela bela luz colorida. Pergunta se ele pode ensiná-lo a fazer o que está fazendo. Ele responde que há muitos e muitos anos, fez a mesma pergunta a seu mestre.
O velho começa a contar sua história: Meu professor abriu seu próprio peito, retirou seu coração e apanhou uma bela chama do coração. Então ele abriu meu peito, meu coração e colocou aquela pequena chama no interior. Colocou de volta meu coração em meu peito, e assim que isso aconteceu, senti um amor intenso, pois a chama que ele colocara em meu coração era o seu próprio amor.
Aquela chama cresceu em meu coração e tornou-se um grande fogo – um fogo que não queima, mas purifica tudo o que toca. E esse fogo tocou cada uma das células do meu corpo, e as células do meu corpo devolveram meu amor. Tomei-me uno com meu corpo, mas o meu amor cresceu ainda mais. Aquele fogo tocou cada emoção em minha mente e todas as emoções se transformaram num amor forte e intenso. E amei a mim mesmo, completa e incondicionalmente.
Mas o fogo continuou queimando e tive a necessidade de partilhar meu amor. Decidi colocar um pedaço desse amor em cada árvore, e as árvores devolveram meu amor e me tomei uno com as árvores. Mas o meu amor não parou, cresceu mais. Coloquei um pouco de amor em cada flor, e elas me devolveram, e nos tomamos uno. E o meu amor cresceu ainda mais,
para amar a todos os animais do mundo. Eles responderam ao meu amor, e me amaram de volta e nos tomamos uno. Mas o meu amor continuou crescendo cada vez mais.
Coloquei um pedaço do meu amor em cada cristal em cada pedra no chão, na terra, nos metais, e eles me amaram de volta e me tomei uno com a terra. Então resolvi colocar meu amor na água, nos oceanos, nos rios, na chuva e na neve. E eles me amaram em retorno e nos tomamos uno. Ainda assim, meu amor cresceu mais e mais. Resolvi dar meu amor ao ar, ao vento. Senti uma forte comunhão com a terra, com o vento, com os oceanos, com a natureza, e meu amor cresceu e cresceu.
Voltei minha cabeça para o céu, para o sol para as estrelas, e coloquei um pouco do meu amor em cada astro, na lua, no sol e eles me amaram de volta. Tomei-me uno com a lua, com o sol e com as estrelas, e meu amor continuou crescendo e crescendo. Coloquei um pouco do meu amor em cada ser humano, e me tornei uno com toda a humanidade. Aonde quer que eu vá, quem quer que encontre, vejo a mim mesmo nos olhos deles, porque sou uma parte de tudo, por causa do amor.”

Então O velho abre o próprio peito, retira o coração com uma bela chama no interior e coloca a chama em seu coração. Agora o amor está crescendo em seu interior. Agora você é uno com o vento, com a água, com as estrelas, com toda a natureza, com todos os animais e com todos os seres humanos. Você sente o calor e a luz emanando da chama em seu coração. De sua cabeça parte uma luz de cores diferentes. Você fica radiante com o brilho do amor e ora:

"Obrigado, Criador do Universo, pelo presente da vida que me deu. Obrigado por me dar tudo o que eu realmente preciso. Obrigado pela oportunidade de experimentar este belo corpo e esta mente maravilhosa. Obrigado por viver em meu interior com todo o Seu amor, com todo o Seu espírito puro e livre, com o Seu calor e luz radiante.
Obrigado por usar minhas palavras, por usar meus olhos, por usar meu coração para partilhar Seu amor aonde quer que eu vá. Amo Você da forma que é, e porque sou Sua criação, amo a mim mesmo da forma como sou. Ajude-me a manter o amor e a paz em meu coração e a tornar esse amor uma nova forma de vida, que poderei viver em amor pelo resto da minha existência. Amém.”

Don Miguel Ruiz



07 janeiro, 2019

O amor que cura - Permanecer no amor

Quero dizer algo sobre o amor, porém algo diferente do que vocês, talvez, esperem escutar. Às vezes ouvimos a frase: Permaneçam no amor! O que significa isso de permanecer no amor?

Conhecemos o amor que une.
 
Através de um amor especial nos encontramos unidos a nossos pais, a nossos parceiros, a nossos filhos.

Assim como nos encontramos unidos a eles, ao mesmo tempo, nos encontramos separados de outros.

Permanecer no amor significa que tudo é amado tal como é, que tudo é acolhido pela alma tal como é.

A luta também forma parte da vida.

A vida do indivíduo disputa seu lugar com a vida dos outros.

Quando permanecemos no amor, também amamos aos contrários, como a luta, a vitória e a queda. Amamos a vida e a morte, os vivos e os mortos. Amamos o passado tal como foi e o futuro tal como chega. Exatamente do jeito como ele chega.

Nesse amor somos amplos, em sintonia e em conformidade.

Esse amor é entrega ao Todo. E realmente a religião.

Nesse amor estamos completos e serenos.

Podemos contemplar como ele se desenvolve.

Encontramo-nos consagrados ao nosso próprio destino e respeitamos o destino dos outros e o destino do mundo.

Estar assim entregues ao Todo significa permanecer no amor.

Isso tem consequências para nossa vida cotidiana.

Aquele que assim pode permanecer no amor pode contemplar tudo tal como é: a felicidade e a desgraça, a vida e a morte, as implicações e a dor.

Como ama o Todo e se encontra entregue a ele, é também ativo no rio da vida, sem se envaidecer, sempre em sintonia e conformidade. Quem ajuda dessa maneira encontra-se livre e sem preocupações.

No Todo ninguém é melhor ou pior.

No Todo simplesmente estamos aí presentes.

Bert Hellinger



22 outubro, 2018

Sagrado e Profano

Sagrado e Profano

Conta um conto milenar que o semideus Hércules teve de passar por 12 grandes provas – cada signo do zodíaco – para aprender sobre sua natureza divina. Na oitava, precisou enfrentar um monstro de nove cabeças (só que surgiu uma décima, imortal). E, cada vez que ele tentava cortar uma das cabeças, duas outras cresciam no lugar! Hércules, por fim, consegue vencer o monstro no momento em que se ajoelha perante ele e o tira do solo elevando-o à LUZ. Hoje, talvez, não nos sintamos tão heroicos assim, afinal, já não há bestas e dragões por aí. No entanto, enfrentamos monstros enfurecidos todos os dias. A grande questão é a tal cabeça imortal, que representa a realidade da morte e de onde surgem todas as outras cabeças. É no momento em que descobrimos que um dia morreremos que nos tornamos diferentes de todos os outros reinos da natureza, nos reconhecemos humanos e passamos a nos sentir ameaçados pelo tempo. É nesse momento também que percebemos que absolutamente tudo está à nossa disposição. E então, o que acontece? Nos percebemos nus, nos envergonhamos e criamos regras que nos dizem o que podemos ou não utilizar do que foi oferecido. Nascem o Profano e o Sagrado e, com eles, surgem nove cabeças da besta: sexualidade, que diz para a morte que ela nunca vai vencer, (já que há procriação); o dinheiro, que garante a ilusão de ganhar mais tempo; o controle, que nos leva a manipular o outro; o orgulho, que não permite discernimento; a separatividade, que nos coloca na solidão das grandes certezas; a desconfiança que não permite enxergar a inocência; a ambição, que nos faz insatisfeitos; o ódio, que nos torna amargos; e o medo da luz própria, que nos faz parar nas mágoas do passado para não assumirmos responsabilidades sobre nossos talentos.


Olhando assim, parece até que tudo é profano e gera dor, mas ouso dizer que só é profano aquilo que não é feito com AMOR. Ame tua sexualidade que ensina sobre o prazer de saber-se humano, honre o dinheiro que vem do trabalho que te faz sentir vivo, controle pensamentos e palavras para que sejam mensageiros da sua verdade, orgulhe-se de seus talentos, confie no bem que te habita, conheça-te a ti mesmo, coma um brigadeiro, adoce sua vida, brinque! E doe ao mundo aquilo que é único em ti. Será que conseguimos? 


por Fernanda Zanini para a Bons Fluidos





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20 setembro, 2018

Temperança na Mesa

Temperança : Virtude que se põe na mesa
Sonia Hirsch


Ando às voltas com a idéia de temperança, palavrinha simpática que tem a mesma raiz de tempero, sem o qual a vida fica muito sem graça. Mas também não pode ter demais. Deu para ver a delicadeza da questão? O bacalhau vem salgado, põe-se de molho para tirar o sal, depois se acrescenta um pouco de sal de novo, ele fica ótimo, e essa é a arte de temperar.

Temperam-se também coisas incomíveis, como o aço, liga de ferro e carbono que vai ao fogo até ficar candente e depois é mergulhada em água fria para ganhar sua famosa têmpera. Idem com o vidro temperado, duro e difícil de quebrar.
Do clima se diz que é temperado quando há nitidez na diferença entre as estações do ano. A música que mais ouvimos é produzida no sistema temperado, em que a escala musical tem intervalos bem determinados. E de uma pessoa que dá chiliques por qualquer coisa se diz que é destemperada, ou tem mau temperamento.

Mas meu caso é mesmo com a comida, essa experiência diária de prazer e satisfação que também precisa de tempero, não o dos vidrinhos, mas o da consciência. Por exemplo, para comer só a quantidade adequada à necessidade do momento.

Comer demais é uma das maiores burrices da vida, além de ser também um desperdício: sobrecarrega a digestão, entorpece a mente, engorda, prende o intestino, vira doença. Às vezes é vício – nem existe propriamente fome, mas uma enorme, imensa, incontrolável vontade de comer. Às vezes é apenas desejo de viver coisas gostosas, como a sensação do chocolate derretendo na boca ou o croccroc das batatas fritas, uma após a outra, até o pacote acabar. E a indústria de alimentos, ou antialimentos, não tem dó: junta o chocolate com um recheio crocante que só começa a satisfazer depois de comer vários pedacinhos – cinco, seis, dez e por que não a caixinha toda?

TUDO EM SUA MEDIDA

Com bebidas o excesso também é fácil. Mesmo sem desejo, nos restaurantes há um comportamento automático de pedir algo para beber, geralmente com gás, sabor e/ou álcool, acompanhando a comida. Todos os médicos, nutricionistas e pessoas de bom senso sabem que isso não convém, atrapalha o suco gástrico, dificulta a digestão, mas o garçom chega sorridente perguntando o que se vai beber, e a resposta quase nunca é não. E se é, ele devolve a pergunta muito espantado: nadinha?!

Em busca de iluminação no assunto, leio o capítulo sobre temperança no Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, do filósofo contemporâneo André Comte-Sponville (ed. Martins Fontes). Começa bem, dizendo que não se trata de não desfrutar nem de desfrutar o menos possível, já que isso não seria virtude, mas tristeza, não temperança, mas ascetismo, não moderação, mas impotência. Trata-se de desfrutar melhor. “A temperança, que é a moderação nos desejos sensuais, é também a garantia de um desfrutar mais puro ou mais pleno. É um gosto esclarecido, dominado, cultivado.” Em vez de escravos, passamos a ser senhores de nossos prazeres, diz ele. E quem desfruta com liberdade também desfruta da própria liberdade, ao passo que o intemperante é prisioneiro de seus desejos ou hábitos, de sua força ou sua fraqueza.

Cita um grande pensador do século 17, Baruch Spinoza, para quem é próprio dos sábios usar as coisas da natureza e ter nisso o maior prazer possível, mas sem chegar ao fastio, o que não é mais ter prazer. E coloca a temperança como um meio para a independência, assim como essa é um meio para a felicidade:“Ser temperante é poder contentar-se com pouco. Mas não é o pouco que importa: é o poder, e é o contentamento”.

Aprendo que não é o corpo que é insaciável. A falta de limites dos desejos é que nos condena à insatisfação, à falta, à infelicidade, como uma doença da imaginação. Se tivermos sonhos maiores que a barriga, vamos censurá-la pela sua pequenez, diz Sponville. Em vez disso, os sábios estabelecem limites. Minha mãe, que era sábia, dizia: do bom, pouco.

Fica então a proposta na minha cabeça: unir dieta e liberdade, bons hábitos e grandes prazeres, o útil e o agradável. E que os santos comilões me ajudem.




A jornalista e pesquisadora Sonia Hirsch é autora de livros sobre culinária natural, alimentação e saúde.



04 abril, 2018

Correios - Atrasos


Desde o Natal de 2017, tem havido um percentual incomum de casos com atrasos dos Correios, principalmente na região do estado do RJ.

Assim que o pedido é aprovado é providenciado o envio, o que na maioria segue no dia, ou não demora mais que 1 dia útil pós aprovação, exceto por algum problema em que notificamos por e-mail.

À partir dai... solicitamos a cada cliente que acompanhe seu pedido, de preferência via aplicativo e nos comunique de atrasos para abertura de chamada nos Correios (o que infelizmente tem ajudado pouco na agilização da entrega, a maioria tem retornado após 5 dias com adiamento de prazo).

Nosso intuito é oferecer bem estar às pessoas e não causar stress. Por isso, enquanto a situação dos Correios não regulariza, pedimos que tenham paciência, sem ansiedade na espera daquilo que foge do nosso controle! 

Não é de nossa responsabilidade direta o trânsito dos produtos, já que nenhum usuário dos Correios, tem controle sobre o serviço dos Correios

Raros são os casos notificados de roubo ou extravio, estes são sempre avisados pelos Correios, e providenciado reenvio ou devolução financeira.O que tem havido é realmente atraso.

E felizmente não é o caso da maioria - a maioria é entregue dentro do prazo ou com atraso máximo de 2 dias. O que nos faz continuar acreditando e torcendo por melhoras nos serviços que os Correios prestam a milhares de brasileiros.

E qualquer dúvida, ficamos à disposição!

aromarte@aromarte.com.br




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08 março, 2018

Sem esforço



Entregue a sua existência à própria existência.
Pare de nadar. 
Abandone o impulso de salvar-se. 
Faça-o agora. 
Eu estou aqui observando. 
Não entretenha o pensamento, 
“Não! Eu não posso! Eu não posso rejeitar o esforço!”. 
É isso que cria o sofrimento. 
Ao deixar ir, deixar ser, 
existe paz, silêncio e clareza 
que surge do completo abandono. 
Deixe a vida ser.

Mooji ॐ




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