15 dezembro, 2011

Invenções do cotidiano



"Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim...
Continua sempre que você responde sim... à sua imaginação
A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz não." (Brincar de viver - Maria Bethânia)


Passeando lá no Sonho com Estrelas, li o trecho abaixo. Me lembrou da infância, eu inventava qualquer coisa, folhas viravam peixes numa bacia, e fazia conversas entre duas mãos fechadas se não havia nada mais, imaginava amigos e até me dei irmãos que não tive, vivia em muitos lugares imaginados, lindos, floridos, ensolarados..., fui mãe das bonecas, professora, mulher maravilha, tive super poderes, brincava com as fadas, com seres verdinhos, e como no texto abaixo despetalava margaridas até dar o bem-me-quer... rs, é ...todo dia era dia de criar ! Foi uma infância rica, "vivi" em tudo aquilo em que me coloquei. Depois a gente cresce e tende a ir moldando nossa vida pelas circunstâncias de fora que a gente passa a conhecer, e não nas quais possamos moldar a partir de nós. Esquecemos aquilo em que passamos a infância inteira aprendendo... 
Pode parecer fantasioso se crescendo continuássemos a inventar, a nos colocar em situações não "reais". Mas o que é a realidade, se não aquela em que cremos que seja ? Aquela em que você responde "sim" à sua imaginação? 


"Pra ficar feliz, eu invento dias ensolarados.
Pra ficar feliz, eu desembaraço a luneta e vejo constelações no meio dia
Pra ficar feliz, eu pinto o céu de azul e brigo com o cinza, se for possível
Pra ficar feliz, eu teço pequenas surpresas ao longo do dia, pra desencadear uma fila de sorrisos.
Pra ficar feliz, eu brinco de despetalar rosas só com bem-me-queres.
Pra ficar feliz, eu moro num abraço de amigo.
Pra ficar feliz, eu me transporto para mundos mais floridos.
Pra ficar feliz, eu conjugo o verbo sempreamar.


Porque tempo ruim é só na meteorologia
Aqui dentro é sempre sol, e se chove é de pura alegria"
Cris Carvalho

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