Desde que vi o lema da Campanha da Fraternidade desse ano, que confesso que a tica e a teca
da minha cabeça não plugam com a ideia.
Há 2 semanas entrei numa loja e entrou um senhor em seguida, conversou rapidamente com a atendente e cairam no tema falta de dinheiro, e lá foi ele repetindo enfaticamente a frase para a moça : Bom, Você não pode servir a Deus e ao Dinheiro.
E na minha cabeça um grande ponto de interrogação: como assim ?
Ai lá estou eu nessa segunda-feira assistindo Roberto Shinyashiki - ao vivo - no canal Rede Vida, quando Shinyashiki começa a dizer que os homens são separatistas (ao contrário das mulheres que unem e acolhem) , e que os homens e as religiões (seguindo o sistema patriarcal) dividem, e citou entre outras coisas espiritualidade e dinheiro. Nossa, o entrevistador mudou a feição, juro que senti que deu um friozinho na barriga dele, afinal a Rede Vida é um canal católico. Shinyashiki concluiu e o apresentador citou o lema da Campanha, contornando de imediato a situação e Shinyashiki sem muitos comentários, dado a situação delicada do local da entrevista. Até achei confortável como tudo se resolveu. Mas meu engasgo continuou.
Como assim ? Colocando os pontos nos is :
Ao meu ver Deus (energia, espiritualidade, universo ou o nome a que cada um denomina) e dinheiro (ou matéria), não são dois senhores. O único senhor é a Espiritualidade, é Deus, a Fonte. O dinheiro é instrumento, é o que transborda da Fonte.
Julgar como dois senhores é querer usar minha perna direita e excluir a esquerda. Não tem sentido.
O dinheiro não é algo a ser servido, e sim servir- se (sabiamente) dele. Transborda da Fonte assim como o nome daquilo tudo que lhe seja necessário para bem viver. O nome dinheiro/moeda é apenas um item de facilidade criado para troca comercial.
Pior : a frase é muito forte, e a religião está mais uma vez encutindo valores negativos, numa sociedade que assimila sem questionar e se empobrece espiritualmente e portanto financeiramente !
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