01 agosto, 2010

Emoções

"Emoções criam necessidades e estas precisam de alimento para ser mitigadas. As pessoas que consideram as emoções experiências de baixa categoria, acabam ficando desnutridas num âmbito muito importante da vida" (Oscar Quiroga)

Gostei da frase acima, porque fala da compensação, o que traduz um ritmo. Na frase acima entre necessidade e alimento mora um ritmo.

Emoções advêm da vida na forma. Desprezar as emoções, é negligenciar o âmbito da forma, só que é nesse âmbito que se molda nossa experiência por aqui. Não olhar as emoções, é não experienciar (não se medir), e é ser conduzido inconscientemente por elas.

As emoções não olhadas, carregam o sofrimento da separação, o ego se fortalece (pq é dividido), mas a carência de alimento (compreensão) fica. A ponte entre necessidade e alimento - ou entre desordem e ordem - não foi feita. Quando esse espaço é preenchido, nutrido, através do "alimento", da ordem, você libera, experimenta o fluxo, o ritmo. O espaço é o Agora.

Contanto o alimento não está em fontes externas. Mas as fontes externas ajudam a refletir para si, ajudam a lembrar ao corpo/mente o funcionamento do fluxo.

Caso não haja consciência (o recuar, olhando do centro interno ou "do alto"), e você formar uma história acerca, você pode voltar a mesma necessidade muitas vezes, de formas iguais ou diferentes, repetindo separações internas (não Sendo).

-Mas eu sinto as emoções, assim estou olhando para elas ? Bom, como é que se mede quem está dentro da medida ? Ou como salta-se um obstáculo se estou na frente dele ? Difícil, né ? Só recuando, afastando-se, porque quanto mais longe, mais perto - mas mantendo o foco. Aqui o afastar significa observar a partir do seu eu interior, adquirindo Consciência.

Emoções fazem parte enriquecendo a vida da forma, mas é recuando da forma, que se olha para a medida e avança. Recuar não é fugir. Fugir, rejeitar é não querer olhar. Recuar é dar distância para "ver" melhor.

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